Mais de 900 migrantes foram acolhidos na Casa do Peregrino São Lourenço, localizada junto à Basílica de Guadalupe, com o apoio da Arquidiocese do México.

A diretora de Comunicação da Arquidiocese Primaz do México, Marilú Esponda, destacou o impacto não só material, mas espiritual, dos migrantes serem acolhidos no santuário mariano.

Em entrevista ao Grupo ACI, Esponda assinalou que "os migrantes da América Central normalmente levam consigo a imagem da Virgem de Guadalupe, reconhecem-na como sua Mãe, que os acompanha e protege. Assim manifestaram em diferentes lugares e diferentes maneiras".

"Estar na Basílica de Guadalupe, aos pés da Virgem Maria é um momento especial para eles e o impacto espiritual ocorre por estar perto dela, ouvi-la e reconhecer o seu amor nestes momentos difíceis que estão vivendo", afirmou.

Desde meados de outubro, milhares de migrantes da América Central cruzam o México com a esperança de chegar aos Estados Unidos.

No início de novembro, mais de 5.600 migrantes estavam na Cidade do México, por isso, as autoridades tiveram que permitir a entrada deles no Estádio de Ciudad Deportiva Magdalena Mixhuca.

A afluência em massa de migrantes excedeu as capacidades das autoridades civis e da Igreja. Entretanto, a solidariedade não acaba.

Esponda assinalou que, na Arquidiocese Primaz do México, "a comissão de Mobilidade Humana, liderada pela Irmã Arlina, está conseguindo muita ajuda em dinheiro, assim como alimentos, roupas, cobertores e também atendimento médico através da Caritas".

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"Agora estão na Basílica de Guadalupe, na Casa do Peregrino São Lourenço, mas também há outras iniciativas, como a CAFEMIN, das irmãs Josefinas, e a Casa Mambré, das Irmãs Scalabrinianas".

Além disso, destacou que algumas paróquias da capital mexicana abriram suas portas para receber os migrantes.

Para a diretora de Comunicações da Arquidiocese do México, "a situação das caravanas de migrantes que cruzam o nosso país é um problema global que impressiona".

"É impressionante ouvir as histórias escondidas nos rostos das pessoas que se sentiram deslocadas por suas condições de vida precárias, aqueles que foram obrigados a deixar tudo o que tinham devido à urgência de um futuro melhor".

A Arquidiocese Primaz, assim como toda a Igreja, destacou, "pedem aos católicos e à sociedade em geral abrir o coração para sair ao encontro destes irmãos deslocados e oferecer-lhes apoio na medida das nossas possibilidades".

“A Igreja pede para que ‘nos coloquemos no seu lugar’, ser sensíveis ao sofrimento e ajudá-los. O Papa Francisco deixou muito claro: nós, católicos, devemos acolhê-los, protegê-los, promovê-los e integrá-los”.

A crise migratória, destacou, "é um problema muito complexo". Entretanto, acrescentou, “se todos os católicos fizessem a sua parte a fim de aliviar um pouco o sofrimento de nossos irmãos, nós faríamos com que o sofrimento fosse mais suportável”.

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