BUENOS AIRES, 26 de jul de 2005 às 15:32
O Arcebispo de Corrientes, Dom Domingo Castagna, pediu aos argentinos não fazer uma “neo-leitura do Evangelho”, como a daqueles que desejam separar o “comportamento não cristão” da fé cristã que dizem professar”.
O Prelado explicou que “nem sempre há coincidências” entre o Evangelho e o pensamento da sociedade atual, onde o pecado procura promover “projetos opostos aos valores cristãos”. Lamentou que seja “tão capitalista essa inspiração que se filtra” entre os mesmos fiéis, como uma neo-leitura do Evangelho.
Do mesmo modo, denunciou “a argumentação, mais sentimental do que racional, que respalda teorias inaceitáveis do conteúdo essencial da fé”, tais “como o aborto, a ligadura de trombas e a vasectomia”.
Além disso, indicou, “existem outras contradições, como a perseguição ideológica, a discriminação por razão de sexo, raça e religião, a calúnia como metodologia de eliminação dos adversários”. Dom Castagna lembrou que “Cristo é exigente” e que “o preceito do amor deve ser respeitado também com os inimigos e perseguidores”.
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Por outro lado, o Arcebispo recordou a responsabilidade dos cristãos de tornar presente o Reino de Deus. Esta, explicou, “é a nova sociedade que nos corresponde edificar cuidadosamente”.
Embora lamentou que “o valor do Reino não entre na consciência de uma sociedade doente de inconsistência”, o Prelado insistiu na urgência de descobrir seu “valor absoluto”. Para isso, indicou, é necessário escutar a Jesus Cristo, cuja “revelação é ação: criadora e redentora”.
“Deus perdoa os pecados quando as disposições pessoais creditam o arrependimento, e deposita nos corações o germe da reconciliação”, afirmou Dom Castagna.