Vaticano, 12 de dez de 2018 às 13:00
O Prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, insistiu que "é necessário que o direito fundamental à paz e ao desenvolvimento integral sejam reconhecidos e garantidos adequadamente".
Assim indicou durante a Conferência Internacional “Os direitos humanos no mundo contemporâneo: conquistas, omissões e negações”, realizada na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, nos últimos dias 10 e 11 de dezembro.
O Dicastério, junto com esta Universidade, decidiu organizar este congresso por ocasião do aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (Paris, 10 de dezembro de 1948) e da Declaração e do Programa de Ação de Viena (Viena, 25 junho de 1993), dos quais se celebrou 70 e 25 anos, respectivamente.
Através desta iniciativa, o Purpurado explicou que o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral "pretende não só reafirmar o valor dos direitos humanos e a sua centralidade na missão que lhe confiou o Santo Padre, mas sobretudo, questionar o estado dos direitos humanos nas sociedades atuais e explorar algumas novas em face a uma maior conscientização e proteção da dignidade humana hoje”.
Em seu discurso, o Cardeal Turkson insistiu que "é um dever perguntar-se o que aconteceu com a esperança de ver esses direitos realizados para todos os seres humanos", porque afirmou que "é lamentável observar que o ideal proposto por tais documentos às vezes parece vacilar sob o peso de interpretações controversas, politização excessiva e numerosas violações”, disse.
Neste sentido, o Prelado reiterou que, “apesar das proclamações solenes e das expectativas levantadas por tantos documentos, novas violações da dignidade humana ocorreram, enquanto antigas feridas reemergiram e outras, como no caso da escravidão, assumiram faces diferentes”.
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Finalmente, o Cardeal Turkson reconheceu: “É lamentável que, enquanto a pobreza e a injustiça social crescem dentro das nações, as divergências entre os estados continuem sendo abordadas através do uso da força".
"Conflitos armados alimentados por interesses obscuros persistem em vários lugares do mundo, com as diferentes violações indescritíveis do direito à vida e à integridade física, bem como outros direitos humanos, como o acesso aos cuidados médicos, à educação, ao trabalho e à moradia", denunciou.
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— ACI Digital (@acidigital) 10 de dezembro de 2018