CURVE-LHES, 27 de jul de 2005 às 17:45
O diário oficial do Vaticano, L’Osservatore Romano, revelou que na recente entrevista que sustentou com um grupo de sacerdotes, religiosos e diáconos no Vale da Aosta, o Papa Bento XVI recordou a vigência do papel da fé para a humanidade diante de um mundo que “parece não ter necessidade de nós”.
Diante de 140 pessoas, o Santo Padre defendeu a "atualidade e racionalidade" da fé mas se mostrou preocupado pelo desinteresse da gente com a religião.
"As pessoas parecem não ter necessidade de nós, parece inútil tudo quanto fazemos. Para as pessoas, sobre tudo os responsáveis pelo mundo, a Igreja aparece como antiquada e nossas propostas desnecessárias", disse o Papa.
Manifestou que "comportam-se como se pudessem ou quisessem viver sem nossa palavra e sempre pensam que não nos necessitam. Não procuram nossa palavra", e acrescentou que esta situação "faz-nos sofrer".
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Oo Papa assinalou que a Igreja teve mil e 800 anos para mostrar como teria trocado o mundo e considerou que só os "valores morais e as convicções fortes dão a possibilidade, inclusive com sacrifícios, de viver e construir o mundo".
Também reconheceu "crescem as seitas que se apresentam com a certeza de um mínimo de fé e o homem procura certezas. E por isso as grandes Igrejas, sobre tudo as grandes Igrejas tradicionais protestantes, encontram-se realmente em uma crise profunda".
Para Bento XVI embora a situação da Igreja Católica não é tão crítica, sim “compartilha naturalmente o problema do nosso momento histórico". Diante disto, recordou que é necessária a paciência e a certeza de que Cristo reaparecerá.