MADRI, 20 de dez de 2018 às 19:00
Um dos dois exorcistas da região de Extremadura (Espanha) concedeu uma entrevista à agência EFE, na qual explicou que a ouija ou a magia negra “não são bobeiras”, mas que e pode “receber nesse momento a possessão do demônio e aparecer em outro momento de sua vida”.
A magia negra ou o tabuleiro de ouija são algumas das formas “externas” usadas pelo demônio para entrar na vida das pessoas, advertiu Pe. Antonio María Rejano Caballero, pároco na cidade de Jerez de los Caballeros, Badajoz (Espanha), e um dos dois sacerdotes autorizados na região da Extremadura para fazer exorcismos.
“As pessoas pensam que são bobeiras e não são tão bobeiras, mas situações nas quais alguém pode receber nesse momento a possessão do demônio e aparecer em outro momento de sua vida”, insistiu.
Segundo explicou em entrevista concedida à agência EFE, o sacerdote recebeu a proposta da Diocese há dois anos para ser exorcista.
“É algo que está saindo à luz agora, antes estava mais oculto. No meu tempo de seminarista, não se sabia quem era na diocese e, entretanto, agora todos sabem que é e que existe”, indicou.
Também assegurou que, embora expulsar o demônio do corpo de uma pessoa “não seja uma realidade que se encontre todos os dias”, ser exorcista não é questão “de força mental nem física, mas de ter fé e ser pessoa de oração”.
Nestes dois anos, Pe. Rejano realizou aproximadamente seis exorcismos. Nas sessões não fica sozinho, mas acompanhado por um grupo de oração leigo, porque, segundo sublinhou, o fundamental é “oração, oração e oração”.
Normalmente, o processo de exorcismo não é simples e costuma necessitar de mais de uma sessão, além disso, o usual é que a pessoa chegue depois de ter visitado especialistas médicos que não puderam encontrar resposta para sua situação.
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Segundo afirmou, alguns dos sintomas que mostram uma possessão costumam estar relacionados com visões, situações anormais e estranhas em suas próprias casas, falar línguas mortas que quase ninguém conhece ou cheirar a enxofre, entre outros. Algo que pode ser estranho, mas segundo Pe. Rejano, “estas coisas acontecem”.
Entretanto, o exorcista esclareceu que, até que não se inicie o ritual, não se tem a certeza se a pessoa está possuída ou não. Além disso, requer-se que um médico descarte que possa sofrer qualquer tipo de doença.
Pe. Rejano assegurou que um exorcismo é “algo muito sério e muito profundo”. “Nós que fazemos isso a partir da fé sofremos com a pessoa a quem se está realizando e é isso o que de alguma maneira tem que nos fazer recapacitar, que não é somente pelo mórbido, por assim dizer”.
Também indicou que quem pensa que os exorcismos “são coisas de outros tempos” está equivocado, pois se trata de “algo muito atual”, porque “o demônio hoje está mais presente do que nunca no mundo e, através de diferentes ações, entra nas pessoas, porque há falta de fé”.
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— ACI Digital (@acidigital) 15 de março de 2017