Em um comunicado, o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, se pronunciou sobre a polêmica gerada nos meios de comunicação pela presença de um representante do Vaticano na cerimônia de posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela pelo segundo mandato consecutivo.

No texto, Gisotti recordou que "a Santa Sé mantém relações diplomáticas com o Estado venezuelano" e que "sua atividade diplomática tem como finalidade promover o bem comum, tutelar a paz e garantir o respeito pela dignidade humana".

Por isso, "a Santa Sé decidiu ser representada na cerimônia de inauguração da presidência pelo responsável interino dos Assuntos da Nunciatura Apostólica de Caracas", George Koovakod.

A nota do Vaticano publicada nesta segunda-feira, 14 de janeiro, assegura que “a Santa Sé e os Bispos do país continuam trabalhando juntos para ajudar o povo venezuelano, que sofre as implicações humanitárias e sociais da grave situação em que a nação se encontra”.

Vias pacíficas para a crise

No último dia 7 de janeiro, o Papa Francisco se referiu à crise na Venezuela durante seu discurso ao Corpo Diplomático acreditado à Santa Sé.

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Naquela ocasião, o Santo Padre pediu que "se encontrem vias institucionais e pacíficas para dar solução à perdurante crise política, social e econômica; vias que consintam, antes de mais nada, prestar assistência a quantos são atribulados pelas tensões destes anos e oferecer um horizonte de esperança e paz a todo o povo venezuelano".

Além disso, o Papa agradeceu "os esforços de muitos governos e instituições que, movidos por generoso espírito de solidariedade e caridade cristã, colaboram fraternalmente em prol dos migrantes" e mencionou a Colômbia "que, juntamente com outros países do continente, acolheu um número imenso de pessoas vindas da Venezuela".

Em sua última mensagem Urbi et Orbi de Natal, o Papa rezou pela Venezuela, para que possa "reencontrar a concórdia e que todos os membros da sociedade trabalhem fraternalmente para o desenvolvimento do país prestando assistência aos setores mais vulneráveis da população".

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