REDAÇÃO CENTRAL, 17 de jan de 2019 às 04:00
Neste dia 17 de janeiro, celebra-se a festa de Santo Antão, também conhecido como Santo Antônio Abade, ilustre pai dos monges cristãos e modelo de espiritualidade ascética.
Seu nome significa “florescente". Nasceu no Egito, por volta do ano 250, de pais camponeses e ricos. Em uma Missa, ressoaram nele as palavras de Jesus: “Se quer ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres”.
Quando seus pais morreram, tinha cerca de 20 anos. Repartiu seus bens entre os pobres e foi fazer penitência no deserto. Ali, passou a ter uma vida de eremita e, mais tarde, viveu junto a um cemitério, refletindo neste tempo sobre a vida de Jesus, que venceu a morte.
Fazia trabalho manual pois tinha ouvido que "o que não quer trabalhar não tem direito de comer" (2Ts 3,10). "Do que recebia guardava algo para sua manutenção e o resto dava aos pobres”, afirma Santo Atanásio na biografia que escreveu sobre o santo.
Organizou comunidades de oração e trabalho. Entretanto, optou, novamente, por ir para o deserto, onde integrou sua vida solitária com a direção e organização de um grupo de eremitas que se encontravam nessa área.
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Assim, Santo Antão se tornou um dos iniciadores das comunidades de monges na história do cristianismo, que logo foram se expandindo por todo o mundo e que seguem existindo atualmente.
Junto com o Bispo Santo Atanásio, defendeu a fé contra o arianismo, uma heresia que negava a divindade de Jesus Cristo. Além disso, segundo São Jerônimo, o abade Santo Antão foi amigo de São Paulo, o eremita.
“Orava constantemente, tendo aprendido que devemos orar em privado sem cessar. Além disso, estava tão atento à leitura da Sagrada Escritura, que nada se lhe escapava: retinha tudo, e assim sua memória lhe servia de livros”, destaca Santo Atanásio.
“Todos os aldeões e os monges com os quais estava unido viram que classe de homem era ele e o chamavam ‘o amigo de Deus’, amando-o como filho ou irmão”, acrescenta.
Santo Antão partiu para a Casa do Pai por volta do ano 356, no monte Colzim, perto do Mar Vermelho. É considerado também padroeiro dos tecelões de cestas, fabricantes de pincéis, cemitérios e açougueiros.