Nesta terça-feira, completam-se 46 anos do caso Roe vs. Wade, que legalizou o aborto em todos os Estados Unidos. Esta lei permitiu desde então o extermínio legal de mais de 60 milhões de bebês no útero.

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu legalizar o aborto depois que Norma McCorvey afirmou no início dos anos 1970 que havia sido estuprada por uma gangue e ficou grávida.

As advogadas Sarah Weddington e Linda Coffee, recém-formados pela Faculdade de Direito da Universidade do Texas, convenceram Norma de que deveria abortar em vez de encaminhar seu bebê para adoção.

Enquanto o caso era visto nos tribunais, o bebê nasceu e foi encaminhado para adoção. Nunca foi abortado.

Em 1987, McCorvey admitiu que havia mentido e que não tinha sido estuprada por membros de gangues. O pai do seu bebê era uma pessoa que ela conhecia e gostava.

Há mais de vinte anos, Norma se converteu ao catolicismo e dedicou a sua vida a promover a defesa dos nascituros. Faleceu no dia 18 de fevereiro de 2017.

Todos os anos, a Igreja nos Estados Unidos promove uma grande iniciativa nacional envolvendo pessoas sem distinção de afinidade religiosa ou política, com a qual busca reverter a decisão de 1973 para acabar com o drama do aborto no país.

Para isso, propõem uma série de atividades, como a oração de uma novena em sufrágio pela alma dos bebês que morreram por essa prática e por aqueles que correm o risco de serem mortos dentro do ventre materno.

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Este ano, a grande Marcha pela Vida foi realizada na sexta-feira, 18 de janeiro, em Washington, e milhares de pessoas participaram.

O evento contou com a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que, antes de tomar a palavra, apresentou uma mensagem gravada do presidente Donald Trump, na qual recordou a importância da dignidade humana e da defesa do direito à vida das pessoas.

Acompanhado por sua esposa Karen, Pence disse ao público: "Estamos aqui porque defendemos a vida. Nós nos reunimos aqui porque defendemos a compaixão. Nós nos reunimos aqui porque acreditamos, como nossos fundadores, que todos nós, nascidos ou não nascidos, recebemos do nosso Criador alguns direitos inalienáveis, como o direito à vida".

Ele ressaltou que a decisão de Roe vs. Wade "deu as costas a esse direito", mas também gerou "um movimento nascido do amor e da compaixão, animado pela fé e pela verdade, um movimento que vem conquistando corações e mentes todos os dias".

Assim, agradeceu e elogiou o trabalho dos centros de ajuda às mulheres grávidas, às famílias que adotam e aos "corajosos homens e mulheres que oferecem o seu trabalho no serviço público".

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