O Senado do Estado de Nova York (Estados Unidos) aprovou por 38 votos contra 24 uma nova lei do aborto que permitirá esta prática durante toda a gravidez e que seja realizado não apenas por médicos.

A Lei de Saúde Reprodutiva foi aprovada na terça-feira, 22 de janeiro, depois de uma disputa legal que começou em 2007.

Esta norma permitirá aos profissionais de saúde, como praticantes de enfermaria e médicos assistentes, que realizam abortos. Além disso, endossa o aborto tardio em qualquer momento em caso de inviabilidade fetal ou “quando for necessário para proteger a vida ou a saúde de um paciente”.

A lei, aprovada no dia do aniversário da decisão Roe vs. Wade que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973, também transfere esta prática do código penal para o código de saúde.

A norma estabelece que o aborto continuará sendo legal no estado de Nova York, mesmo se a Suprema Corte reverter a decisão Roe vs. Wade.

Em uma declaração publicada no site do estado de Nova York, o governador Andrew M. Cuomo, afirmou que esta decisão “é uma vitória histórica para os nova-iorquinos”.

A nova lei foi celebrada no Senado e em vários pontos da cidade, onde edifícios foram iluminados para festejar a norma.

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Os bispos de Nova York assinalaram que a aprovação desta lei é “um capítulo triste” para a história. “Nosso querido estado se converteu em um lugar mais perigoso para as mulheres e seus bebês não nascidos”, indicaram em uma declaração.

Por sua parte, o Arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Dolan, disse que, com esta lei, “o aborto será legal até o momento do nascimento, os profissionais de saúde que consideram repugnante o assassinato de nascituros não terão direito à objeção de consciência, pois não faltarão médicos preparados para o desmembramento e qualquer bebê que sobreviva a um bisturi ou sucção, e continue vivo, poderá ser deixado à sua sorte até morrer. Por acaso isso é progressismo?”, questionou.

 “Todas as pessoas têm direitos: os imigrantes, os pobres, as grávidas e seus bebês. Todos são filhos de Deus, como diria o reverendo Martin Luther King, e todos têm direitos”, ressaltou o Cardeal.

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