Milhares de peregrinos carregaram no Panamá uma bandeira de mais de 60 metros de comprimento, pouco antes da cerimônia de acolhida ao Papa Francisco, com um dramático apelo: Pray for Venezuela.

Há 400 venezuelanos participando nas atividades da Jornada Mundial da Juventude. O Grupo ACI conversou com um deles no final da cerimônia de acolhida e abertura realizada no dia 24 de janeiro, no Campo Santa Maria la Antigua, Cidade do Panamá.

Robert Araujo chegou a JMJ vindo de Barquisimeto (Venezuela) e disse que faz 10 anos que tenta ir a uma JMJ, mas esta é a primeira vez que ele consegue participar.

"Este ano é decisivo para a Venezuela", afirmou o jovem de 27 anos.

De acordo com Robert, a bandeira "foi um gesto de solidariedade com a Venezuela por uma razão clara: estamos firmemente convencidos de que Jesus Cristo é o único Rei dos Reis que pode nos salvar, que pode nos dar a liberdade que queremos".

"Esta bandeira é para reafirmar que os venezuelanos, os latino-americanos e todos os cristãos ao redor do mundo acreditamos firmemente na oração e é por isso que dizemos: Pray for Venezuela”.

Na quinta-feira, a Santa Sé afirmou que o Papa Francisco, "informado no Panamá das notícias provenientes da Venezuela, segue de maneira próxima o desenvolvimento da situação e reza pelas vítimas e por todos os Venezuelanos".

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Da mesma forma, "a Santa Sé apoia todos os esforços que permitam poupar ulterior sofrimento à população", disse o comunicado do diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.

Na quarta-feira, houve protestos em massa contra o governo em toda a Venezuela. Segundo o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS), devido a motins e repressão, foram registradas 26 mortes.

Na cidade de Maturín, a catedral foi cercada por várias horas por agentes da segurança venezuelana e grupos chavistas. No interior, centenas de pessoas se refugiaram, a maioria deles opositores que saíram para protestar. No interior do templo também havia sacerdotes e seminaristas.

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