MONTEVIDÉU, 1 de ago de 2005 às 10:38
O Presidente da Conferência Episcopal Uruguaia e Bispo de São José de Maio, Dom Pablo Galimberti, esclareceu aos fiéis que os “serviços de confissões” por Internet não constituem o sacramento da reconciliação.
Ao ser consultado pelo jornal A República sobre a moda das “confissões” online, o Bispo esclareceu que às vezes em Internet "tudo se pode falsificar e trocar".
"A Igreja Católica se caracterizou sempre por uma significação forte à dimensão corpo a corpo, mão à mão, isto vem da mesma maneira que Deus nos tem feito conhecer através do Jesus Cristo que é a palavra feita carne, quer dizer se fez visível e assim o testemunham os primeiros apóstolos. Ou seja que a dimensão corpo em que um expressa arrependimento, expressa súplica de perdão, tudo isto fica no mundo virtual", indicou.
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Do mesmo modo, precisou que "uma coisa é contar o que me aconteceu, o que estou passando e outra é o arrependimento" e o
"Posso-te contar um roubo que fiz ontem à noite mas daí ao arrependimento há muitos quilômetros de distância. Se, quando as pessoas falam cara a acara com um padre, às vezes, não chegam a arrepender-se de verdade, quanto mais se se fizer por Internet, isso é muito mais fácil. É uma descarga psicológica, eu não tomo o resultado para medir se foi ‘uma boa confissão, já me sinto aliviado’
Também pediu “distinguir também os efeitos psicológicos do efeito religioso. Eu na fé sei que realmente volto a receber o abraço de Deus, estou em paz e verdade liberado e estou com ele, sinto-me filho de Deus”.