Um grupo de nove católicos, entre os quais três sacerdotes, escreveu uma carta aberta ao Cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, pedindo-lhe que mude a moral sexual da Igreja.

Entre outras coisas, pediram ao Cardeal Marx uma nova estrutura eclesial baseada na "separação de poderes", a ordenação sacerdotal das mulheres, o fim do celibato obrigatório e uma "avaliação razoável e justa da homossexualidade".

A carta foi publicada no domingo, 3 de fevereiro, no ‘Frankfurter Allgemeine Zeitung’ e pede aos bispos da Alemanha que sejam "a ponta da lança do movimento de reforma" na Igreja.

Os autores da carta são: o reitor da Sankt Georgen Graduate School em Frankfurt, os sacerdotes jesuítas Ansgar Wucherpfennig e Klaus Mertes e o Decano Católico da cidade de Frankfurt, Padre Johannes zu Eltz.

Não é a primeira vez que Pe. Wucherpfennig gera controvérsia. Sua recente reeleição como reitor foi questionada pelo Vaticano, pois em 2016 disse que as passagens da Bíblia que condenam a homossexualidade "não foram bem lidas".

Além dos sacerdotes, seis leigos também assinaram a carta, entre os quais: o ex-jesuíta e filósofo Jörg Splett; sua esposa Ingrid; a política "verde" Bettina Jarasch; a diretora da Cáritas Frankfurt, Gaby Hagemans; e dois membros do chamado "Comitê Central dos Católicos Alemães", Claudia Lücking-Michel e Dagmar Mensink.

O Comitê Central dos Católicos Alemães é financiado pela Conferência Episcopal da Alemanha, que o reconhece como a principal que representa os leigos do país.

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Na carta, os autores pedem que a Igreja Católica "volte a começar" no tema dos seus ensinamentos sobre moral sexual, incluindo “uma avaliação razoável e justa sobre a homossexualidade".

também solicitam aos bispos da Alemanha que busquem "uma genuína separação de poderes", algo que estaria "de acordo com a humildade de Cristo", e que se abram "à ordenação sacerdotal de mulheres". A carta também pede que os sacerdotes diocesanos escolham livremente o celibato, de modo que "seja novamente um ponto credível do Reino dos Céus".

Na conclusão da carta, os líderes católicos desejam ao Cardeal Marx "uma boa viagem a Roma", onde participará, de 21 a 24 de fevereiro, do encontro mundial dos presidentes das conferências episcopais para abordar o tema dos abusos sexuais.

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