Todos os anos, em 11 de fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes, a Igreja em todo o mundo celebra o Dia Mundial do Doente, para o qual é publicada uma mensagem pelo Pontífice.

O Dia Mundial do Doente foi estabelecido por São João Paulo II em 1992 e celebrado pela primeira vez em Lourdes, na França, em 11 de fevereiro de 1993. De fato, este Dia é celebrado de forma especial nesse importante santuário mariano.

A mensagem do Papa Francisco para esta 27ª edição tem como tema “Recebestes de graça, dai de graça” e, nela, o Pontífice recordou Santa Teresa de Calcutá como “um modelo de caridade que tornou visível o amor de Deus pelos pobres e os doentes”.

No texto, Francisco assegurou que Santa Teresa de Calcutá “ajuda-nos a compreender que o único critério de ação deve ser o amor gratuito para com todos, sem distinção de língua, cultura, etnia ou religião”.

“O seu exemplo continua a guiar-nos na abertura de horizontes de alegria e esperança para a humanidade necessitada de compreensão e ternura, especialmente para as pessoas que sofrem”, afirmou.

Na mensagem, o Papa Francisco também assinalou que “a vida é dom de Deus”, por isso, advertiu, “a existência não pode ser considerada como mera possessão ou propriedade privada, sobretudo à vista das conquistas da medicina e da biotecnologia, que poderiam induzir o homem a ceder à tentação de manipular a ‘árvore da vida’”.

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Do mesmo modo, destacou a importância do voluntário que é “um amigo desinteressado, a quem se pode confidenciar pensamentos e emoções; através da escuta, ele cria as condições para que o doente deixe de ser objeto passivo de cuidados para se tornar sujeito ativo e protagonista de uma relação de reciprocidade, capaz de recuperar a esperança, mais disposto a aceitar as terapias”.

Afirmou ainda que “as estruturas católicas são chamadas a expressar o sentido do dom, da gratuidade e da solidariedade, como resposta à lógica do lucro a todo o custo, do dar para receber, da exploração que não respeita as pessoas”.

Por fim, exortou a “promover a cultura da gratuidade e do dom, indispensável para superar a cultura do lucro e do descarte” e rezou à Virgem Maria, para que todos vivam “como irmãos e irmãs cada um atento às necessidades dos outros, a saber dar com coração generoso, a aprender a alegria do serviço desinteressado”.

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