MADRI, 1 de ago de 2005 às 18:46
O Arcebispo de Valência, Dom Agustín García-Gasco, assegurou que com a recente aprovação do projeto de lei Orgânica de Educação (LOUVE), o Governo espanhol põe “em jogo a qualidade da democracia” e rechaçou a promoção de uma reforma educativa desde “colocações demagógicas” e que, em ocasiões, despreza aos pais.
Com o mandato de que se remeta ao Congresso dos Deputados e sua política educativa "o Governo não acerta, mais uma vez, na busca do bem comum e está colocando em jogo a qualidade da democracia", indicou o Prelado.
Conforme informa Avan, Dom García-Gasco assinalou que na configuração do sistema educativo "encontramo-nos ante uma das provas mais contundentes da própria qualidade democrática de um governo e de um regime constitucional" e asseverou que "não se pode promover uma reforma educativa desde colocações demagógicas", senão através da "articulação da liberdade e a igualdade com a participação dos pais".
Para o Arcebispo, a liberdade se fomenta "se existir uma oferta educativa plural e os pais podem encontrar modelos educativos acordes com suas convicções". Assim, a igualdade se promove "se a autoridade pública garantir, com uma sincera vontade política, a partilha das subvenções estatais de tal maneira que os pais sejam verdadeiramente livres para exercer seu direito sem ter que suportar cargas injustas", acrescentou.
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Dom García-Gasco lamentou que "agora voltamos a nos encontrar com projetos educativos que deixam à margem a sensatez mais elementar e se elaboram com o desconhecimento dos pais e, em ocasiões, com o desprezo para eles".
A juízo do Prelado valenciano, os direitos dos pais "são violados quando o Estado impõe um sistema obrigatório de educação do que se exclui toda formação religiosa".
Além disso, o Arcebispo pediu "valorar o sistema educativo sem demagogia para não sacralizar o público de uma ideologia estatalista, nem reivindicar o privado de uma ofensiva liberalista". Ao respeito precisou que, "o público e o privado em um Estado social de direito são méios para conseguir uma ordem que garanta a plenitude dos direitos da pessoa".
Finalmente, o Prelado se mostrou convencido de que "convém realizar uma inteligente conjunção dos meios educativos para que se facilite igual acesso à educação e a liberdade na configuração educativa, promovendo também a iniciativa e participação dos pais".