REDAÇÃO CENTRAL, 13 de fev de 2019 às 13:00
Neste dia 13 de fevereiro, completa-se 14 anos do falecimento de uma das videntes de Nossa senhora de Fátima, a Serva de Deus Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, mais conhecida apenas por Ir. Lúcia.
Esta data foi recordada pelo Santuário de Fátima, que em suas redes sociais ressaltou como, “durante a sua vida, Lúcia anunciou a Mensagem que lhe foi confiada: do triunfo do Coração Imaculado, da promessa da presença definitiva do Deus da misericórdia no drama da história humana”.
Lúcia Rosa dos Santos nasceu em Aljustrel, no dia 28 de março de 1907, e foi batizada dois dias depois. Em suas 'Memórias', relata que em 1915 teve pela primeira vez visões de uma espécie de nuvem, com forma humana, por três ocasiões diferentes, quando estava com outras amigas.
A partir do ano seguinte, Lúcia e seus primos, os Santos Francisco e Jacinta Marto, receberam as manifestações do Anjo de Portugal.
Em 13 de maio de 1917, apareceu aos três pastorinhos a Virgem Maria e, a partir de então, a vida deles se transformou completamente. As crianças acolheram o apelo de Nossa Senhora, passaram a recitar diariamente o terço, fazer sacrifícios pelos pecadores e, durante seis meses, sempre no dia 13, comparecem ao local onde a Virgem lhes aparecia.
Além disso, Lúcia, Francisco e Jacinta passaram a ser constantemente interrogados sobre o que viram e acusados de mentirem e inventarem os acontecimentos. Mas, nada disso desanimou a fé daquelas crianças, que seguiram firmes no amor a Deus e à Nossa Senhora.
Após a última aparição em 13 de outubro de 1917, Lúcia se recolheu no Asilo de Vilar, a conselho do Bispo de Leiria, Dom José Alves Correia da Silva, começando assim uma vida retirada do mundo.
Em 5 de janeiro de 1922, escreveu o primeiro relato das aparições e, em 8 de julho de 1924, respondeu, no Porto, ao interrogatório oficial da Comissão Canônica Diocesana nomeada por Dom José Alves Correia da Silva, sobre os acontecimentos de Fátima.
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Posteriormente, em 1925, Lúcia ingressou na Congregação de Santa Doroteia, na Espanha, onde se deram as aparições de Tuy e Pontevedra, as aparições da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora e do Menino Jesus.
Desejando uma vida de maior recolhimento para responder à mensagem que a Senhora lhe tinha confiado, entrou no Carmelo de Coimbra, em 1948, onde se entregou mais profundamente à oração e ao sacrifício e tomou o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado.
Foi neste Carmelo que Irmã Lúcia faleceu em 13 de fevereiro de 2005. Atualmente, seus restos mortais se encontram sepultados na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, desde o dia 19 de fevereiro de 2006.
Três anos após a morte de Ir. Lúcia, em 3 de fevereiro de 2008, o Cardeal José Saraiva Martins, então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, anunciou, no Carmelo de Coimbra, que o Papa Bento XVI tinha aceitado os pedidos do bispo de Coimbra, Dom Albino Cleto, e de numerosos fiéis em todo o mundo, para que fosse dispensado o período canônico de espera de cinco anos para abertura do processo de beatificação da vidente, autorizando a sua antecipação.
A fase diocesana do processo foi aberta por Dom Albino Cleto, em 30 de abril de 2008, e a sua conclusão foi anunciada em 13 de janeiro de 2017. A sessão solene de encerramento do processo decorreu a 13 de fevereiro de 2017, nove anos depois do seu início e 12 anos após a morte da vidente.
Agora, o processo de canonização de Irmã Lúcia se encontra na competência direta da Santa Sé e do Papa.
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— ACI Digital (@acidigital) 14 de abril de 2018