Vaticano, 16 de fev de 2019 às 08:21
A Congregação para a Doutrina da Fé condenou ao ex-cardeal e ex-arcebispo de Washington DC, Theodore Edgar McCarrick, por abusos sexuais de menores e de adultos com agravante de abuso de poder e o despojou que sua condição de sacerdote da Igreja Católica.
Assim se destaca um comunicado da Congregação difundido este sábado 16 de fevereiro pela Sala de Imprensa da Santa Sé contendo o decreto conclusivo, e condenatório, contra o ex-cléiro Theodore McCarrick que chegou ao fim no último 11 de janeiro.
No comunicado se destaca também que o Papa Francisco reconheceu a natureza definitiva da condenação, por isso não cabe nenhum possível recurso contra ela por parte de ex-cardeal McCarrick, de 88 anos, que foi Bispo Auxiliar de Nova Iorque, Bispo de Metuchen, Arcebispo de Newark e Cardeal Arcebispo de Washington DC.
“Com data de 11 de janeiro de 2019, o Plenário da Congregação para a Doutrina da Fé emitiu o decreto conclusivo do processo penal contra Theodore Edgar McCarrick, Arcebispo Emérito de Washington, D.C, por meio do qual o acusado é declarado culpado dos seguintes delitos cometidos como sacerdote: insinuações na confissão e violação do Sexto Mandamento do Decálogo com menores e adultos, com o agravante de abuso de poder e por isso lhe impôs a pena da demissão do estado clerical”, assinala o comunicado de imprensa da Congregação.
Além disso, no comunicado se informa que na quarta-feira passada, 13 de fevereiro, a Congregação estudou as alegações apresentadas por McCarrick , entretanto, confirmou a condenação: “Em 13 de fevereiro de 2019 a Sessão Ordinária (Feira IV) da Congregação para a Doutrina da Fé examinou os argumentos apresentados no recurso do recorrente e decidiu confirmar o decreto”.
“Esta decisão foi notificada a Theodore McCarrick em 14 de fevereiro de 2019. O Santo Padre reconheceu a naturaliza definitiva, com norma de lei, desta decisão”, finaliza o comunicado. Isto significa que já não cabe recurso ou apelação por parte de McCarrick.
As denúncias contra McCarrick se remontam ao ano 2004, quando o Cardeal Donald Wurel, Arcebispo Emérito de Washington D.C., recebeu uma queixa do ex-sacerdote da Diocese ddeo Metuchen Robert Ciolek por “conduta inapropriada” de McCarrick, quem foi bispo da mencionada diocese americana de 1981 até 1986.
Em 20 de junho de 2018, a Arquidiocese de Nova Iorque anunciou que tinha considerado acreditável uma acusação de abuso sexual de um menor contra McCarrick, quem se desempenhou como sacerdote em Nova Iorque na década de 1970.
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Informe-os dos meios posteriormente revelaram denúncias de que McCarrick tinha abusado sexualmente em série, de pelo menos dois adolescentes, e que tinha participado de conduta sexual coercitiva com sacerdotes e seminaristas durante décadas.
O Cardeal Wuerl escreveu em uma carta de 21 de junho dirigida à sua diocese que estava “comovido e entristecido” pelas denúncias contra McCarrick, seu predecessor como Arcebispo de Washington.
Na mesma carta, o Cardeal afirmou que “não foi feita nenhuma reclamação, crível ou de qualquer outro tipo, contra o Cardeal McCarrick durante seu tempo como arcebispo de Washington”.
Confira:
Investigam Núncio Apostólico na França por suposto abuso sexual https://t.co/z8w6IF12Oy
— ACI Digital (@acidigital) 15 de fevereiro de 2019