BUDAPESTE, 19 de fev de 2019 às 06:00
Em um esforço para incentivar os húngaros a terem mais bebês, o primeiro-ministro do país anunciou que as mulheres com quatro ou mais filhos estarão isentas do pagamento de imposto de renda por toda a vida.
Em um discurso pronunciado há uma semana, o primeiro-ministro Viktor Orban também prometeu reduzir os pagamentos de hipotecas para pessoas com filhos, oferecer auxílio estatal para comprar veículos familiares maiores, incluir avós na licença maternidade, aumentar opções de creches e introduzir novos empréstimos disponíveis para as famílias.
‘The Washington Post’ informa que a taxa de fertilidade da Hungria atualmente é de 1,45 filhos por mulher, bem abaixo da taxa de reposição de 2,1 filhos por mulher.
Segundo dados de Eurostat, a Hungria registrou cerca de 94 mil nascimentos em 2017, em comparação com 131.900 mortes no mesmo ano.
A baixa taxa de natalidade, combinada com uma das políticas de imigração mais rígidas do continente e uma onda de jovens trabalhadores que deixam o país em busca de melhores salários no exterior, colocou a Hungria à beira de uma crise demográfica, que ameaça com sérias consequências econômicas se as tendências atuais não forem revertidas.
Orban salientou que um aumento de "crianças húngaras" e não um aumento de imigrantes é a solução para os problemas demográficos do país.
"A migração para nós é render-se", disse o político segundo ‘The Washington Post’.
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A secretária de Estado das Famílias, Katalin Novak, disse à BBC que "aumentar o número de nascimentos é muito difícil, porque cada vez temos menos mulheres em idade fértil".
Espera-se que as mulheres em idade fértil diminuam 20% nos próximos 10 anos, de modo que "cada vez menos mulheres precisam ter mais e mais bebês", indicou. O objetivo é que a taxa de fertilidade atinja 2,1 na próxima década.
A política ocorre quando as taxas de natalidade continuam diminuindo na Europa. Nos países da União Europeia, as taxas de fertilidade estão atualmente abaixo da taxa de reposição.
França e Alemanha estão entre os outros países que criaram políticas para incentivar os casais a terem mais filhos, mas ainda assim lutam para aumentar substancialmente a taxa nacional de fertilidade.
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— ACI Digital (@acidigital) 23 de outubro de 2018