Abuja, 20 de fev de 2019 às 10:07
Em 19 de fevereiro, completou um ano que o grupo Boko Haram sequestrou 110 meninas em uma escola na Nigéria, das quais a jovem Leah Sharibu segue como refém dos terroristas, após ter se negado a renunciar a Cristo.
Leah Sharibu, uma jovem cristã de 15 anos, foi sequestrada por membros do Boko Haram juntamente com outras 109 meninas no Colégio de Ciência e Tecnologia do governo de Dapchi, no estado de Yobe, em 19 de fevereiro de 2018.
Cerca de um mês depois, em 21 de março, esteve prestes a ser libertada com suas companheiras, mas não aceitou a condição imposta pelos sequestradores, isto é, que renunciasse ao Cristianismo e se convertesse ao Islã.
A mãe de Leah, Rebeka Sharibu, compartilhou com ‘Open Doors’, uma organização especializada na ajuda a cristãos perseguidos, o testemunho de uma das meninas sequestradas no momento em que estavam sendo colocados em um caminhão para serem libertadas posteriormente.
“Disseram a Leah para que recitasse algumas orações islâmicas para pode subir no caminhão, mas ela se negou. Disse: ‘Nunca farei isso, porque não sou muçulmana’. Isso os aborreceu muito e lhe disseram que se não renunciasse a Cristo ficaria com eles. Mas, Leah se negou. Vimos como foi deixada com outros membros [do Boko Haram]. Choramos até que o caminhão desapareceu”.
Conforme assinala a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), doze meses após o sequestro, não há sinais da possível libertação desta jovem cristã.
Há dois meses, quando vivia o primeiro Natal sem a companhia da filha, Rebeka Sharibu pedia as orações dos cristãos do mundo inteiro pela libertação de Leah. “Eu sei que em todo o mundo os crentes rezam e pedem pela libertação da minha filha, mas até agora eu ainda não vi a minha Leah. Suplico aos cristãos: não se cansem de rezar por ela até que a minha filha regresse a casa”.
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Nathan Sharibu, pai de Leah, informa a Fundação ACN, ficou profundamente comovido pelo exemplo da sua filha que recusou renunciar à fé em Jesus a troco da sua liberdade.
Nathan Sharibu diz que “a confiança e a fé” manifestadas pela sua filha o fizeram perceber que tem vivido “sob o mesmo teto com uma admirável discípula de Cristo” e, por isso, sente-se agora “altamente encorajado” pelo seu exemplo.
Leah demonstrou uma “forte fé no Senhor ao recusar renunciar a Cristo” mesmo que isso pudesse significar “a sua morte às mãos do Boko Haram”, assinalou.
Estima-se que, atualmente, cerca de duas mil mulheres, meninas e rapazes estejam em cativeiro do Boko Haram.
Confira também:
Bispos da Nigéria pedem libertação de jovem cristã sequestrada por Boko Haram https://t.co/DPq5VCqbgx
— ACI Digital (@acidigital) 27 de setembro de 2018