O Vice-presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) e Bispo de Texcoco, Dom Carlos Aguiar Retes, denunciou os esforços de certos governos socialistas por impor práticas contra a vida e família na América Latina.

Em declarações ao jornal "La Jornada" do México, o Bispo explicou que há alguns dias a presidência do CELAM em Bogotá para analisar temas comuns da região.

"Falamos de preocupações comuns. A primeira, as políticas que parecem vir da Espanha, em particular dos governos socialistas, de onde tratam de influenciar em todo o continente, não só no México, para nos impor legislações como os casamentos homossexuais, quando simplesmente deveria cuidar de que não haja homofobia, mas não igualar o direito o que por natureza não se dá", indicou.

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Segundo o bispo, são muitos os interessados em comprir "ditos" da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a vida humana. "Deve-se ir detectando cuidadosamente no México em personagens, em círculos, em ONGs. É todo um trabalho de ir desmascarando porque muitos o fazem sem mostrar a cara", indicou.

Considerou que o Secretário da Saúde do México, Julio Frenk, e as organizações feministas que buscam legalizar o aborto no país, fariam parte desta rede. Frenk "realizou seu trabalho na ONU e acredito que aspira voltar lá, mas com a bandeira de ‘consegui impor em um país de maioria católica tudo o que aqui havíamos combinado’", indicou.

O outro tema que atualmente preocupa os bispos é a possibilidade de que se introduza a eutanásia. "O homem não é dono de sua vida. A vida nos é emprestada por Deus. Ninguém a comprou. Querem agir como um efeito dominó. Os mesmos argumentos, as mesmas pressões em um país, em outro e em outro, como se com isso conseguiriam a grande felicidade, quando sabemos que o único que vai nos trazer é uma disparidade ética, díspar com a natureza humana, e que vai descompor a convivência social. Tratamos de analisar de onde vêm, por quê as pressões, quais são os grupos que estão provocando isso e como vão se montando na esfera do poder", acrescentou.