O Bispo de San Cristóbal (Venezuela), Dom Mario Moronta, pediu a "todos os militares e policiais que em nome de Deus não levantem a voz, nem ataquem com armas aqueles que estão tentando fazer o bem para toda a Venezuela".

Em uma mensagem divulgada em 23 de fevereiro, depois que as tropas e paramilitares ligados ao governo de Nicolás Maduro atacaram aqueles que transportavam ajuda humanitária através das fronteiras da Colômbia, Brasil e Curaçao, Dom Moronta lamentou "o número de feridos e mortos por causa da repressão e violência, o sangue dos irmãos clama por justiça diante de Deus".

Em meio às tentativas para que a ajuda humanitária cruze a fronteira com a Venezuela no dia 23 de fevereiro, as forças armadas, a polícia e as forças paramilitares ligadas ao regime de Maduro causaram pelo menos quatro mortes, dezenas de feridos e queimaram caminhões carregados com alimentos e remédios.

A ajuda humanitária foi coordenada entre vários países com o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, designado pela Assembleia Nacional em 23 de janeiro.

"Aqueles que deveriam estar cuidando de tudo o que é o bem-estar do povo incendiaram as cargas que são um símbolo da ajuda humanitária de outros países e dos esforços de muitos homens e mulheres também da Venezuela. Isso não é somente um pecado de imoralidade, é um ato de desumanidade pelo qual terão que responder diante de Deus", disse o Prelado venezuelano.

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"A todos os que têm autoridade militar ou policial, não disparem contra o povo, não levantem a voz contra o povo, não esqueçam que vocês também são povo e, se isso significa muito para vocês, pensem também em suas famílias, vizinhos e amigos que também estão sofrendo, não deixem de sentir-se povo. Respeitem, protejam e dignifiquem o povo da Venezuela", incentivou.

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