CÓRDOBA, 2 de ago de 2005 às 18:45
O polêmico caso de um casal de lésbicas que se submeterá a um procedimento de inseminação artificial para ter um filho, em Córdoba, suscitou a chamada de atenção por parte do Arcebispado local que recordou qual a natureza da maternidade.
Em declarações ao jornal La Mañana, o porta-voz do Arcebispado de Córdoba, Padre Pedro Torre, recordou que "a maternidade não é um direito", já que "a gente não pode possuir um filho como um bem ou uma coisa”.
“O âmbito natural onde devem nascer os meninos é o matrimônio. A inseminação, como intervenção científica, não pode substituir a sexualidade de um matrimônio”, explicou e adicionou que “a medicina está para dar soluções mas não para suprir ou manipular o natural”.
Do mesmo modo, o sacerdote questionou o uso de temas de “uma minoria” que não devem “usar-se” para esconder outros “verdadeiros” problemas, como a existência de gente com necessidades básicas insatisfeitas ou os problemas de segurança.
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“Não tudo quanto é tecnica ou cientificamente possível é eticamente aceitável. Terá que discernir os limites éticos da ciência e não utilizá-la só para satisfazer caprichos”, adicionou.
Embora exista um vazio legal no caso da inseminação artificial entre homossexuais, o sacerdote recordou que “procriar é participar da obra criadora de Deus, com responsabilidades e com condições. Um filho deve ter um pai, uma mãe e um espaço de amor”.
Lamentou que em casos como este não se pense nos meninos e questionou a existência de bancos de esperma.