FATIMA, 11 de mar de 2019 às 13:00
“A mensagem de Fátima oferece-nos uma verdadeira pedagogia para viver” o tempo da Quaresma, declarou o reitor do Santuário de Fátima, Pe. Carlos Cabecinhas, em sua homilia no último domingo, 10 de março, na Cova da Iria, em Portugal.
O sacerdote aproveitou o Evangelho do primeiro domingo da Quaresma, o qual relata sobre os 40 dias em que Jesus esteve no deserto e foi tentado pelo diabo, para recordar dois elementos centrais da Mensagem de Fátima que devem ser vividos de modo especial na Quaresma: a conversão e a oração.
Pe. Cabecinhas lembrou que nas aparições do Anjo, em 1916, e nas de Nossa Senhora, em 1917, “a conversão é-nos apresentada como essencial”, além disso, em todas as aparições se encontra presente “um apelo à oração”.
“Estes são os dois caminhos que o Evangelho nos apresenta”, para a exemplo de Jesus Cristo “convertermos a nossa vida”, ressaltou, segundo o site do Santuário de Fátima.
Em sua homilia, o reitor advertiu que “as tentações que Jesus teve de enfrentar, nos 40 dias de deserto, não são assim tão diferentes das que nós experimentamos e temos de combater”.
“Aqui estão presentes todas as opções que acompanharam a sua vida em ministério e todas as tentações são resistidas”, sublinhou o sacerdote, acrescentando que “Jesus não se deixa seduzir pelo ter ou pelo poder e não prescinde de seguir a vontade de Deus, que determina as suas escolhas e opções”.
O reitor explicou que “por detrás de todas as tentações está sempre em causa o primado de Deus na nossa vida, que lugar Lhe damos, que relação temos com Ele. E é nesta relação que se joga a nossa vida de cristãos: se queremos estar com Ele ou ceder às tentações do mundo”.
Desse modo, assinalou, o tempo da Quaresma “é-nos oferecido como tempo favorável para a conversão, para examinarmos as nossas opções e escolhas à luz das que foram feitas por Jesus”.
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Nesse sentido, exortou a ser “sinceros: apesar da nossa vontade sincera e genuína, continuamos a encontrar alguns aspetos a necessitarem de conversão”. Para isso, sugeriu um itinerário baseado em “dois caminhos” que o Evangelho apresenta: “a escuta da palavra de Deus e a oração mais assídua e intensa”.
Além disso, Pe. Carlos Cabecinhas recordou “o exemplo da vida dos Santos Pastorinhos”, que deve ser seguido na Quaresma, “pois desafia-nos neste tempo”.
“Na sua vida encontramos a necessidade de não pecar, de rezar, de consolar a Deus, de reparar os pecados do mundo”, isto é, “encontramos os meios de conversão a que a Quaresma nos convida”, pontuou.
“Aproveitemos estes 40 dias para rezarmos mais e melhor e darmos mais tempo à oração”, concluiu.
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— ACI Digital (@acidigital) 11 de março de 2019