Buenos Aires, 13 de mar de 2019 às 16:30
O Bispo de Villa de la Concepción de Río Cuarto, Dom Adolfo Uriona, e os sacerdotes da Diocese expressaram "a dor da cidade" pelo ataque a uma imagem mariana durante a mobilização do Dia Internacional da Mulher.
Em 8 de março, um grupo de manifestantes da marcha feminista jogou tinta vermelha em uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade, localizada na entrada da ponte Carretero. Além disso, escreveram algumas ofensas como "Nojo a tua moral", entre outras pichações.
Durante a madrugada de 9 de março, a polícia prendeu seis mulheres com idades entre 22 e 24 anos que foram pegas com latas de tinta, luvas de látex e outros objetos. Depois disso, as jovens foram imputadas por "dano qualificado" à imagem mariana.
ADVERTÊNCIA: As imagens podem ferir a sensibilidade do leitor.
Durante a marcha, também atacaram a Catedral de Río Cuarto e uma unidade da empresa de transporte Sat.
Um grupo de moradores do local limpou a imagem no mesmo dia, 8 de março, fato que recebeu o agradecimento de Dom Uriona através das redes sociais.
“Quero agradecer a todos que se aproximaram para limpar a imagem de Maria Imaculada profanada ontem. Esse gesto pela Mãe de Deus expressa que o Amor é a resposta cristã contra todas as formas de agressão contra nossa fé. Jesus nos manda no Evangelho: ‘orai por aqueles que te perseguem’”, expressou.
O Bispo e os sacerdotes da Diocese incentivaram os fiéis a "rezar a Deus, meditar e trabalhar para superar a violência que existe dentro de nós".
"Temos a impressão de estar vivendo acontecimentos muito graves que se somam à violência familiar que há muito se manifesta em diferentes acontecimentos", lamentaram.
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"Quando se trata de analisar, temos que dizer que essa situação de violência social tem múltiplas causas. Não podemos ser simplistas. A falta de educação, saúde e trabalho digno forçaram muitos argentinos a sobreviverem como possam, a viver uma vida menos digna”.
Além disso, assinalaram que "nossa pátria arrasta há muito tempo injustiças e exclusões, deixando uma grande massa da população quase fora do protagonismo social. Uma grande distância foi criada entre os cidadãos, porque muitos não têm possibilidades de crescer, de melhorar e superar-se. Conhecemos muitas dessas situações por tê-las acompanhado".
"Estamos convencidos de que existe um elo indiscutível entre a conversão do coração e a pacificação social, por isso convidamos a não deixar que nem o desânimo nem a indiferença nos vençam. Que todos possamos nos comprometer a construir uma sociedade, uma pátria mais justa e mais fraterna”, finalizaram.
Segundo a Agência Informativa Católica Argentina (AICA), em outras cidades também foram danificadas com pichações e frases ofensivas algumas imagens religiosas e templos como a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, de General Roca, e o templo de Maria Auxiliadora, de Neuquén.
Así quedó la catedral de General Roca, Río Negro, el 8M. ¿Qué pasaría si nosotros hacemos esto hacia una institución feminista..? Pero claro, nosotros somos los intolerantes. Son animales, no mujeres. Sucias, mal educadas y violentas.. ¡vergüenza y asco siento!. pic.twitter.com/oIqHYmXD5B
— Maca Bercovich? (@macabercovich) 10 de março de 2019
Confira também:
Pintam lenço verde pró-aborto em imagem de Nossa Senhora para uma mostra feminista https://t.co/wBZyzQl8q6
— ACI Digital (@acidigital) 11 de março de 2019