NOVA IORQUE, 22 de mar de 2019 às 10:30
Associações pró-vida da Argentina entregaram no dia 20 de março mais de 140 mil assinaturas em rechaço ao documento que a Comissão da ONU sobre a Situação da Mulher (CSW) elabora, o qual busca instalar o aborto e a ideologia de gênero como um direito no mundo.
A comissão da Organização das Nações Unidas está em sessão anual de 11 a 22 de março, em Nova York (Estados Unidos).
Participam da reunião representantes dos Estados Unidos, Rússia, Malásia, Brasil e do Vaticano.
Em sua intervenção de quarta-feira, o Observador Permanente da Santa Sé, Dom Bernardito Auza, recordou que o Papa Francisco, em sua exortação apostólica Amoris Laetititia, enfatiza que a ideologia de gênero nega “a diferença e a reciprocidade natural de homem e mulher” e sugere “uma sociedade sem diferenças de sexo, e esvazia a base antropológica da família”.
As assinaturas coletadas pela plataforma cidadã CitizenGo foram apresentadas à Direção de Direitos Humanos e Temas de Gênero do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, para que “freie as ingerências ideológica e trabalhe para eliminar o conteúdo controverso do documento”.
A plataforma denuncia que o documento inicial da CSW incentiva o acesso livre ao aborto para mulheres e crianças “como se fosse um direito humano”.
Além disso, promove o acesso ilimitado a preservativos e outros métodos contraceptivos “sem idade ou critérios”, o direito de escolher a orientação sexual e identidade de gênero, entre outras ações.
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A campanha assinala que a CSW, em vez de incentivar esta agenda, deve dirigir seus esforços “ao acesso à saúde e à educação de meninas e mulheres e o acesso à água potável que garantem o verdadeiro desenvolvimento. Distrair-nos dos verdadeiros problemas é ideológico, irresponsável e injusto”.
A diretora de campanhas de CitizenGo na Argentina, Silvina Spataro, expressou que os “escandaloso que a agenda das Nações Unidas esteja alinhada a negócio da International Planned Parenthood Foundation, porque estão colocando toda sua atenção na promoção do aborto e em uma ampla educação sexual”.
Por sua vez, a representante da Renovação Carismática, Cecilia Medici, manifestou que é “importante que a Argentina assuma sua liderança regional, marcando caminhos de independência da nova ordem mundial que pretende se instalar com o aborto nas Nações Unidas, assim como ensinaram nossos primeiros patriotas”.
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— ACI Digital (@acidigital) 3 de outubro de 2018