RABAT, 1 de abr de 2019 às 16:00
Irmão Jean Pierre Schumacher é o último sobrevivente do assassinato dos monges cistercienses do Mosteiro de Tibhirine (Argélia), atualmente tem 95 anos e ainda se lembra da união que se vivia no mosteiro.
Em 1996, durante as revoltas na Argélia, um grupo de terroristas entrou no mosteiro de Tibhirine, sequestrou e assassinou 7 de seus companheiros.
#PopeFrancis greeting Pere Jean Pierre, the only survivor of the Tibherine community in #Algeria. The 7 monks were beatified as martyrs last year on Dec. 8. Photo by @blancaruizanton #PopeinMorocco #PapaEnMarruecos #PopeFrancisInMorocco #Catholic pic.twitter.com/ljGrOqNY88
— EWTN Vatican (@EWTNVatican) 31 de março de 2019
Irmão Jean Pierre foi salvo porque era o porteiro do mosteiro e os terroristas não entraram na portaria, mas foram direto para dentro do convento para sequestrar a comunidade. Outro monge também se salvou, Pe. Amédée, mas faleceu recentemente.
Agora, Irmão Jean Pierre agora mora no mosteiro de Notre-Dame de Atlas Kasbah Myirem, em Midelt (Marrocos), por isso, participou do encontro com religiosos, sacerdotes e consagrados na catedral de Rabat (Marrocos), presidido pelo Papa Francisco.
Em declarações após a reunião com o Papa, Irmão Jean Pierre disse que o que mais recorda de seus irmãos em Tibhirine é "a vida em comunidade, a unidade e a vida juntos. A comunidade era a principal preocupação do Pe. Christian de Chergè e Luc".
Padre Christian de Chergè era o superior do mosteiro de Tibhirine.
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Os 7 religiosos assassinados em 1996 foram beatificados em 8 de dezembro em Orã (Argélia). Foi a primeira e única beatificação celebrada neste país.
Nesse sentido, Irmão Jean Pierre explicou que "esse dia foi extremamente importante, especialmente porque, com sua beatificação, os irmãos se uniram a tantos mártires da Argélia”.
Além disso, afirmou que "a mensagem destes mártires para o mundo é, como disse o Papa, viver a fraternidade universal, superar as diferenças e trabalhar juntos pelo bem".
A cruz erguida na Missa de encerramento celebrada pelo Papa Francisco no estádio Moulay Abdullah de Rabat, é uma réplica da cruz que estava no mosteiro dos mártires de Tibhirine.
"Esta cruz é fruto da inspiração de todos os irmãos, mas foi feita pelo Pe. Christian, que queria um Jesus vivo no crucifixo e que faz referência aos mistérios da Cruz", afirmou.
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— ACI Digital (@acidigital) 31 de março de 2019