O governador de Kentucky, nos Estados Unidos, Matt Bevin, exorta os governadores de outros estados a "serem corajosos" na defesa da vida e a se manterem "sempre firmes contra o mal".

O governador fez este chamado durante uma entrevista na quinta-feira, 16 de maio, no programa EWTN Pro-Life Weekly, enquanto os estados em todo o país realizam um debate sobre a legislação relacionada ao aborto.

Nas últimas semanas, Roy Cooper, governador da Carolina do Norte; Tony Evers, de Wisconsin; e Steve Bullock, de Montana, rejeitaram em seus estados todas as versões da Lei de Proteção aos Sobreviventes do Aborto Nascidos Vivos, uma lei que garantiria que um bebê nascido vivo após um aborto receba o mesmo grau de cuidado que qualquer outro.

Em contraposição, Brian P. Kemp, Governador da Geórgia e Kay Ivey, do Alabama, assinaram uma importante legislação pró-vida.

Em entrevista concedida ao EWTN Pro-Life Weekly, o governador Bevin disse que os argumentos contra as leis de proteção para os sobreviventes do aborto são "fracos".

Ao pedir a seus colegas governadores que defendam o nascituro, Bevin exortou: "Não sejam politicamente oportunistas, não estejam em dívida com interesses externos que os ajudarão politicamente, mas sejam corajosos e façam a coisa certa".

Enquanto falava sobre seu trabalho para aprovar uma legislação pró-vida em Kentucky, Bevin chamou a decisão da Suprema Corte de  Roe vs. Wade como uma "farsa" e acha que o problema do aborto será finalmente devolvido aos estados.

O caso Roe vs. Wade, de 1973, resultou em uma sentença pela qual a Suprema Corte abriu as portas para o aborto em todos os Estados Unidos.

"Enquanto isso, estados como o nosso aprovaram leis muito intencionais relacionadas a coisas como consentimento informado e ultrassonografias realizadas com antecedência", disse Bevin.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:

Bevin também comentou sobre uma lei promulgada recentemente, que proíbe abortos por motivos de raça, gênero ou deficiência física. Afirmou que o "projeto de lei não-eugênica" poderia chegar à Suprema Corte e assim “estar envolvido na decisão final sobre Roe vs. Wade ".

Depois que o projeto de eugenia tornou-se lei no começo deste ano, a American Civil Liberties Union de Kentucky anunciou que iria entrar com uma ação judicial, mas o governador assegura que não desanimou e que está otimista para defender o estado no tribunal.

"Eu sou agradecido pelo fato de que o nosso é um estado fortemente pró-vida e que as pessoas estão do lado dos vulneráveis ​​e daqueles que não podem falar por si mesmos", indicou.

Bevin reconheceu que "há pressão, é claro, politicamente" sobre os governadores que assinam a legislação pró-vida "mas a coisa é o seguinte: fazer o correto é fazer o correto".

"Acho que temos uma obrigação moral, e para muitos, talvez seja uma obrigação religiosa, mas acho que para aqueles que não têm uma base religiosa, é moral salvar uma vida humana”, concluiu.

Confira também: