Diversos especialistas que participara do curso “Dilema da Ciência: Confrontação antropológica e bioética” organizado pela Universidade San Pablo-CEU, coincidiram na necessidade de que a ciência volte a planejar-se de tal forma que esteja centrada na pessoa humana e em sua dignidade.

Durante sua palestra, o Presidente do Comitê Nacional de Bioética da Itália, Francesco D’Agostino, afirmou que “as questões bioéticas fazem com que seja necessário um novo planejamento cientifico e um retorno à pessoa”.

Por sua vez, o catedrático de psicopatologia e diretor do departamento de psicologia da USP-CEU, Aquilino Polaino, indicou que diante do conflito que planeja a ética cínica a lei deve ser unitária.

Para ele, a lei natural “é a fonte única de todo juízo de valor”, e propôs uma volta à epistemologia e a reflexão. “A ciência, disse, propõe como ‘deusa’ a metodologia científica como verdade, por isso ao chegar a certos níveis científicos temos alguns discursos éticos fundamentais na democracia e consenso, não no fundamental: a pessoa”.

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Assim, segundo Polaino, cada ciência deve conservar sua autonomia e contribuir a para um fundamento da metodologia e das decisões finais “baseadas na identidade e na dignidade das pessoas para que os princípios da ética laica sejam mais eficientes e aplicáveis à vida”.

Por sua vez, o professor de Direito Civil da USP-CEU, Alberto Calvo Mejide, destacou em sua intervenção a dignidade da pessoa humana e o respeito à vida como máxima do homem diante da ciência.

Para o professor Mejide, “o homem tem a capacidade de discernir, a razão e a inteligência, isto implica que o homem é um ser livre e como tal deve optar entre as distintas possibilidades para o bem, e este discernimento nos leva a busca da verdade”.

Ao referir-se aos artigos 1 e 6 da Carta de Direito Humanos das Nações Unidas, onde se fala de igualdade de todos os seres humanos, Mejide pontuou que “não se fala de pessoas, porque este termo tem uma implicação jurídica, mas de seres humanos que nascem livre e iguais”. Por isso, advoguei pela regulamentação da figura do ‘nascituro’, que com o aborto “negamos todos os direitos, inclusive o de igualdade diante da lei, porque a alguns é dado e a outros negamos em função da fase de desenvolvimento em que se encontre”.