WASHINGTON DC, 1 de jun de 2019 às 11:40
A Câmara de Representantes de Luisiana (Estados Unidos) aprovou o projeto de lei de “batimentos cardíacos”, que proíbe o aborto depois que se detecta o batimento do coração do nascituro.
Com esta aprovação, Luisiana se torna o mais recente estado a proibir o aborto em 2019, seguindo os passos de Ohio, Geórgia, Mississippi, Alabama e Missouri.
A medida foi apresentada pelo senador John Milovich, D-Shreveport, e é baseada em uma lei semelhante de Mississippi que está sendo debatida em um tribunal federal de apelação. “Os estados de todo o país estão dizendo: ‘Não vamos mais desvalorizar a vida, vamos reconhecer a santidade da vida humana’”, disse o senador.
Por sua vez, o governador do estado de Luisiana, John Bel Edwards, se manifestou a favor da legislação e disse que assinará o projeto aprovado em 29 de maio por 79 votos a favor e 23 contra, e que teve um apoio semelhante no senado estatal no mês passado.
“Sei que há muitos que estão fortemente a favor do aborto e que não estão de acordo comigo, e respeito suas opiniões”, disse o governador Edwards.
Do mesmo modo, incentivou os legisladores que votaram a favor da vida a se unir para promover políticas em defesa das minorias. “Enquanto me preparo para assinar o projeto de lei, peço à esmagadora maioria bipartidária de legisladores que votaram a favor de se unirem a mim para continuar construindo uma Louisiana melhor, que se preocupe pelo menos entre nós e ofereça mais oportunidades para todos”, expressou.
Edwards foi eleito governador em 2015. Seu compromisso de assinar projeto de lei se deu quando vários candidatos de partidos democráticos que postularam à presidência reiteraram seu apoio incondicional ao aborto.
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“Eu me candidatei a governador como candidato pró-vida, depois de servir como legislador pró-vida durante oito anos. Como governador, foi fiel a minha palavra e crenças sobre este tema”, manifestou.
O governador afirmou que se considera pró-vida em um sentido amplo e recordou seus esforços por ampliar a cobertura de atenção médica no estado, proporcionar recursos adicionais para a educação me aprovar reformas de justiça penal.
Outros estados, em particular Tennessee, consideraram “leis dos batimentos” junto com as chamadas “proibições de ativação”, que proibiriam o aborto caso a sentença Roe vs. Wade de 1973 fosse anulada. Alabama, recentemente, aprovou uma ampla medida pró-vida que proíbe, quase em sua totalidade, o aborto.
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— ACI Digital (@acidigital) 31 de maio de 2019