Os Bispos de Burkina Faso e do Níger lançaram um alerta à comunidade internacional frente ao crescente número de ataques terroristas contra cristãos nesses países, o que classificaram como “crimes injustificáveis”, e exortaram os fiéis a aumentarem a vigilância e o cuidado.

Os Prelados fizeram esta denúncia na mensagem final da reunião da Assembleia Plenária, que aconteceu de 5 a 15 de junho, em Ouagadougou. No texto, segundo divulgou a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), afirmam que seus países “são vítimas de contínuos ataques terroristas já há alguns anos”.

Entretanto, constatam que a situação se agravou nos últimos tempos. “Não obstante os esforços das Forças de Defesa e Segurança, os ataques terroristas estão a intensificar-se e assumiram uma nova dimensão religiosa, através de sequestros e homicídios”, assinalaram.

Diante dessa realidade, os Bispos de Burkina Faso e do Níger se dizem “desolados e desapontados”.

Além disso, fazem um apelo aos cristãos dos dois países para que “intensifiquem as medidas de prudência e vigilância quer em nível individual como comunitário, num clima de fé e esperança, e que permaneçam discípulos e testemunhas daquele que obteve a vitória não com a violência, mas com o amor, vencendo o mal com o bem”.

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Conforme assinala ACN, antes da Assembleia Plenária, os sacerdotes, religiosas e fiéis de Burkina Faso e Níger já eram aconselhados a adotar medidas cautelares de segurança face à onda de violência e de atentados que se tem verificado contra comunidades cristãs.

Entre essas medidas, pede-se aos sacerdotes e religiosas para evitarem o uso de roupas que os identifiquem claramente como religiosos assim como para tentarem viajar apenas em horários de muito tráfego, nunca à noite, e para evitarem percursos semelhantes em deslocações de rotina.

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