FORTALEZA, 4 de jul de 2019 às 07:00
Um grupo de jovens estudantes de Fortaleza (CE) partiu na última terça-feira, 2 de julho, rumo a uma das cidades mais pobres do Brasil para uma expedição humanitária que irá substituir a tradicional festa de conclusão do ensino regular, que acontece na maior parte das escolas ao fim do ano.
Esta expedição humanitária é realizada pelo Colégio Shalom, administrado pela Comunidade Católica Shalom, e acontece de 2 a 9 de julho, na cidade de Chaves (PA), uma das mais pobres do Brasil com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) e alta vulnerabilidade social. Segundo a instituição de ensino, os próprios alunos do terceiro ano do ensino médio optaram por participar dessa experiência social e humana.
Localizada na Ilha de Marajó, o acesso à cidade de Chaves é feito apenas por via fluvial em uma viagem de cerca de 8 horas por barco. Nesta localidade, vivem pouco mais de 22 mil pessoas nas piores condições do Brasil em pobreza, desigualdade social, alfabetização, escolaridade, saúde, lazer e violência.
Durante os oito dias, os estudantes visitarão as comunidades, conhecerão de perto a realidade das famílias e os dramas sociais da região. Além disso, participarão de Missas, vigília de evangelização jovem, aconselhamento para a comunidade e também realizarão apresentações artísticas e musicais para os moradores.
“Lá, existe tanto carência de assistência a serviços básicos quanto de um olhar de humanidade para as famílias. Queremos ser o olhar e o abraço de Deus para cada um”, declarou a coordenadora pedagógica do Colégio Shalom, Nayara Carvalho.
Para a coordenadora, nesta expedição humanitária, os estudantes receberão muito mais do que ofertarão, pois “conhecer outra realidade de vida os fará perceber o quanto eles têm tudo e que, muitas vezes, sofrem com a falta de sentido de vida”.
“Eles verão pessoas que vivem com muito pouco, mas que, mesmo assim, encontram motivos para sorrir”, acrescentou.
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Além disso, indicou, será uma oportunidade para estes jovens do último ano do ensino médio agregarem vivências para as suas escolhas profissionais.
“Lá, eles vão contribuir, fazer o bem, doar o tempo para o outro, irão conhecer de perto as desigualdades sociais que tanto debatem em sala de aula. Acredito que, nessa viagem, eles se tornarão pessoas mais humanas, acolhedoras, com um olhar sobre a dor do outro, aprendendo a se disponibilizar a serviço de um mundo melhor e, assim, reunir características fundamentais para crescerem como profissionais”, manifestou Nayara Carvalho.
Esta também é a expectativa de muitos estudantes que participam da expedição. “Estou bastante ansiosa, acho que será uma experiência valiosa para o meu crescimento como jovem, como filha, como aluna, amiga, e para o meu futuro. Sou grata a Deus por meu colégio proporcionar essa viagem enriquecedora para mim. Tenho certeza de que será inesquecível”, expressou Sara Ribeiro, de 16 anos.
Durante a expedição humanitária, os alunos são acompanhados por professores e uma equipe de voluntários dentistas que aproveitarão a viagem para fazer atendimentos na comunidade.
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