Por que não ceder à ideologia de gênero e a sua pressão social? O cientista político argentino, Agustín Laje, um dos críticos mais severos desse pensamento, responde.

Laje é coautor de ‘O Livro Negro da Nova Esquerda’, junto com o também argentino Nicolás Márquez. Em meados de junho deste ano, realizaram uma turnê de sucesso pelo México, apesar de receberam várias tentativas de censura.

Em entrevista ao Grupo ACI, Agustín Laje assinalou que não se deve ceder à ideologia de gênero "porque os valores mais queridos da nossa sociedade são aqueles que estão em jogo atualmente. Hoje está em jogo a vida, hoje está em jogo a liberdade, hoje está em jogo a família. São valores fundacionais, diria, de nossa civilização”.

Muitas pessoas desta luta se sentem como "um nadador que foi lançado a um rio com uma correnteza muito importante, muito forte, e este nadador tenta ir contracorrente, tenta superar a força desta correnteza, que muitas vezes o arrasta. Muitas vezes o arrasta”, assinalou.

"E ao lado, pode-se ver um monte de pessoas que simplesmente se jogaram ao rio, soltaram seus músculos e se deixaram levar pelo rio e por sua correnteza”, disse.

Para Laje, "a diferença entre aqueles que se deixam levar pela correnteza e aqueles que tentamos ir contracorrente é que ao final do dia, pelo menos nós podemos ter a certeza de que realmente estamos vivos. Eu acho que essa é a diferença fundamental”.

O cientista político argentino recordou: "Uma vez eu estava em Arequipa (NdR.: No sul do Peru), dando um seminário intensivo de quatro dias para mais de 3 mil pessoas. Foi algo espetacular que foi organizado lá. E alguém disse algo que me surpreendeu. Disse: ‘Pode ser que a nossa luta já seja dada como perdida antecipadamente, mas cada dia, por exemplo, que passa sem que o aborto seja legal, é mais um dia no qual salvamos milhares de vidas".

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"Eu não sei se o aborto vai ser aprovado em todo o mundo, finalmente, e se finalmente essa corrente vai acabar arrastando tudo. O que eu sei é que hoje milhares de vidas estão sendo salvas graças à nossa luta", assinalou Laje.

"Hoje estamos mantendo ilhas de liberdade graças à nossa luta. Hoje estamos oferecendo aos jovens que vão às universidades para se formar e terminam sendo doutrinados uma versão alternativa daquilo que escutam de forma hegemônica em seus centros educacionais, que já não são mais educacionais, mas doutrinantes”, acrescentou.

Para Agustín Laje, "estamos fazendo a diferença por mais que tenhamos a sensação de que entramos em uma partida de futebol no minuto 89 perdendo de 5 a 0 com o campo inclinado. Mas bom, vamos dar tudo de nós neste último minuto”.

"Quem disse? Podemos empatar a partida? Eu não sei, mas temos que agir como se pudéssemos", concluiu.

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