A polícia do Sri Lanka prendeu dois altos funcionários acusados ​​de não terem alertado sobre as ameaças terroristas que resultaram nos graves atentados de Páscoa, em 21 de abril deste ano, contra várias igrejas e hotéis, que deixaram mais de 350 mortos e centenas de feridos no país asiático.

Em 21 de abril de 2019, Domingo de Páscoa, terroristas muçulmanos atacaram três igrejas e vários hotéis no Sri Lanka.

Dois dias depois, o Estado Islâmico (ISIS) assumiu a responsabilidade pelo ataque em retaliação aos ataques contra duas mesquitas na Nova Zelândia em março, que mataram pelo menos 49 pessoas.

Segundo ‘Asia News’, os detidos são o chefe de polícia, Pujith Jayasundara, e o ex-secretário de Defesa, Hemasiri Fernando. Ambos são acusados ​​de não terem alertado os órgãos de segurança sobre as advertências de ameaças terroristas que receberam algumas semanas antes dos serviços de inteligência da Índia.

O porta-voz da polícia disse que os funcionários são acusados ​​de terem agido com negligência, o que levou a "crimes contra a humanidade" e, portanto, "merecem ser incriminados por homicídio".

‘Asia News’ indicou que o primeiro alerta dos serviços de inteligência indianos foi em 4 de abril e o último poucas horas antes dos atentados.

Além disso, os informantes indianos alertaram as autoridades do Sri Lanka sobre as atividades de Zahran Hashim, o líder do grupo fundamentalista National Thowheed Jamath (NTJ), autor dos atentados.

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De acordo com os serviços secretos da Índia, Hashim, que morreu nos atentados, estava investigando a possibilidade de criar uma facção do ISIS no território localizado entre o sul da Índia e o Sri Lanka.

Depois dos ataques, o presidente Sirisena reconheceu que não recebeu nenhum alerta da polícia. Por essa razão, exigiu a renúncia dos dois funcionários agora presos.

Fernando renunciou poucos dias depois do massacre; enquanto Jayasundara se recusou a renunciar e foi suspenso de seu posto. Ambos afirmam que informaram o gabinete do presidente Sirisena, mas que este "nunca levou a sério" as ameaças. O presidente reiterou que nunca recebeu os alertas.

‘Asia News’ recorda que Sirisena é também Ministro da Defesa e Ordem Pública, por isso é responsável pela segurança do Estado.

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