O Arcebispo de Maracaibo e presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom José Luis Azuaje, assegurou que a Igreja seguirá junto ao povo, especialmente aos que mais sofrem em meio à grave crise causada pelo governo de Nicolás Maduro.

Em suas palavras ao inaugurar a 102ª Assembleia Plenária dos Bispos da Venezuela, na Universidade Católica Andrés Bello, em 7 de julho, o Prelado denunciou que o colapso dos serviços públicos, a violência e o aumento da diáspora, entre outros, agravaram consideravelmente as condições de vida dos venezuelanos.

Segundo informa a assessoria de imprensa da CEV, o Arcebispo exortou "os filhos e filhas da Igreja a saberem sintetizar as responsabilidades cotidianas com a vida de fé, comprometendo-se todos os dias na busca de uma sociedade que dê oportunidades para o desenvolvimento humano integral".

Do mesmo modo, encorajou a manter a esperança diante das dificuldades, "sendo conscientes de que toda mudança importante custa, por ser muitas vezes uma luta entre o bem e o mal”, e afirmou que a “Igreja continuará permanecendo ao lado do povo, principalmente ao lado daqueles que mais sofrem, dos mais vulneráveis”.

O Arcebispo também ressaltou a importância que os jovens têm para o futuro da Igreja e da sociedade, pois “esta Venezuela lhes pertence”.

Também reconheceu que "a Igreja não é perfeita e, portanto, pede perdão pelas infidelidades de seus membros, especialmente quando se trata de ministros ordenados", um dos temas sobre o qual os bispos refletiram.

Antes das palavras de Dom Azuaje, Dom Mario Moronta, Bispo de San Cristóbal e primeiro vice-presidente da CEV, dirigiu um momento de adoração eucarística na qual encorajou os bispos a lembrar "qual e como deve ser a nossa tarefa no meio de um povo que continua sendo atingido pela crise".

"A ação da Igreja no âmbito de sua missão evangelizadora, certamente, é muito complexa. Mas, não devemos deixar de lado nem deixar cair no esquecimento a atitude com a qual devemos animar a ação da Igreja na Venezuela”, acrescentou.

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Por sua vez, na Missa que presidiu na segunda-feira, 8 de julho, Dom Jorge Carlos Patrón Wong, Secretário para os Seminários da Congregação para o Clero, que acompanha o trabalho dos prelados, disse: "É uma bênção para mim, como irmão de vocês, ser testemunha da obra do reino na Venezuela, poder escutar os sacerdotes e os seminaristas na Venezuela”.

Em meio às dificuldades encontradas, disse, "há vida, há reino de Deus e isso é um sinal de esperança. Deus abençoa a Venezuela, Deus os faz sacerdotes muito de Cristo, mas também muito da Venezuela".

Também encorajou os bispos a permanecerem comprometidos com o trabalho de formação dos seminaristas e sacerdotes. "Nosso serviço pastoral é estar com eles, acompanhá-los e corrigi-los. Há tantas provações, por isso, nossos sacerdotes e seminaristas precisam saber que estamos com eles", afirmou.

Finalmente, o Arcebispo mexicano confiou os trabalhos da Assembleia à proteção de Nossa Senhora de Coromoto, padroeira da Venezuela, para que proteja o povo e todas as pessoas que trabalham pelo Reino de Deus no país.

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