Em diversos países, especialmente na América Latina, busca-se a adoção da chamada “pílula do dia seguinte”, muitas vezes ocultando seu efeito abortivo. O que a ciência diz?

Entre os componentes mais comuns da pílula do dia seguinte estão o levonorgestrel e o ulipristal, comercializados com marcas como Plan B One-Step e Ella, respectivamente.

Em seu site, Plan B One-Step assinala como seu único mecanismo de funcionamento “atrasar a ovulação. Isto é, funciona detendo a liberação de um óvulo do ovário”. A pílula é vendida sem necessidade de receita médica nos Estados Unidos.

entretanto, segundo informação registrada na Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo dos Estados Unidos que regula os alimentos e medicamentos comercializados nesse país, são reconhecidos três efeitos do uso de Plan B One-Step.

“Acredita-se que Plan B One-Step atua como anticoncepcional de emergência principalmente prevenindo a ovulação ou a fertilização (alterando o transporte nas trompas de esperma e/ou óvulos). Adicionalmente, pode inibir a implantação (alterando o endométrio)”, explica o documento.

Do mesmo modo, MedlinePlus, serviço informativo online da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, indica que o levonorgestrel pode atuar, entre outras formas, “modificando o revestimento interno do útero (matriz) para evitar o desenvolvimento de uma gravidez”.

De acordo com os principais livros de embriologia humana, a vida humana começa na fecundação, quando um óvulo se une com um espermatozoide.

 Além disso, enquanto a multinacional do aborto Planned Parenthood, acusada de traficar órgãos e tecidos de bebês abortados nos Estados Unidos, assegura em seu site que “a pílula do dia seguinte é muito segura”, MedlinePlus assinala que, entre os efeitos adversos do levonorgestrel, estão “aumento ou diminuição do sangramento menstrual habitual, manchas ou sangramento entre os períodos menstruais, náuseas, vômitos, diarreia, cansaço, dor de cabeça, tontura, dor ou sensibilidade nos seios”.

“Alguns efeitos secundários podem ser graves. Se apresentar este sintoma, consulte um médico imediatamente: dor intensa na parte baixa do abdômen (3 a 5 semanas após tomar levonorgestrel)”, acrescenta MedlinePlus.

Por sua vez, Ella, que é comercializada com receita médica, assinala em seu site que “os anticoncepcionais de emergência como Ella funcionam atrasando ou prevenindo a ovulação, o que evita que ocorra uma gravidez em primeiro lugar”.

Mas, na documentação apresentada à FDA, Ella reconhece que “o provável mecanismo primário de ação do acetato de ulipristal para anticoncepção de emergência é, portanto, a inibição ou atraso da ovulação; entretanto, alterações no endométrio que poderia afetar a implantação também poderia contribuir para sua eficácia”.

MedlinePlus confirma este último efeito potencialmente abortivo, ao assinalar que o ulipristal “pode funcionar ao mudar o revestimento do útero (matriz) par evitar o desenvolvimento de uma gravidez”.

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Além disso, de acordo com MedlinePlus, entre os efeitos secundários do consumo de ulipristal como anticoncepcional de emergência estão “períodos menstruais dolorosos, manchas ou sangramento entre períodos menstruais, náusea, cansaço, dor de cabeça, tontura”.

“Alguns efeitos secundários podem se graves. Se tiver o seguinte sintoma, consulte seu médico imediatamente: dor intensa no baixo abdômen (3 a 5 semanas depois de tomar o ulipristal)”, assinala MedlinePlus.

De acordo com a documentação apresentada à FDA, as mulheres que engravidam ou sentem fortes dores no baixo abdômen após consumir levonorgestrel ou ulipristal devem ser examinadas devido ao risco de uma gravidez ectópica, quando o embrião se implanta em um local diferente do útero, uma das maiores causas de morte fetal e materna.

Efeito anti-implantação é abortivo

A ginecologista argentina Sonia Giorlando, bioeticista e membro do Comitê de Ética da Pesquisa do Hospital Lucio Meléndez de Adrogué, em Buenos Aires, assinalou que, para “aqueles que consideramos que a concepção acontece quando se unem os dois gametas, consideramos que o efeito anti-implantação é abortivo”.

Giorlando também advertiu que as jovens, muitas vezes, acabam usando a pílula do dia seguinte de forma contínua, como um método anticoncepcional a mais.

“Isso gera menstruações alteradas, mais prolongadas, sangramentos irregulares”, assinalou.

“É claro, deve-se pensar também que, por ser métodos hormonais, se são usados indiscriminadamente sem indicação precisa, é necessário levar em consideração os riscos, por exemplo, de tromboembolia ou de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio”.

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“Em geral, em meninas mais novas isso não seria visto, mas é um risco que existe. Alguns falam sobre cânceres associados, alguns falam sobre depressão e até tentativas de suicídio”, disse.

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