Um projeto de lei apresentado recentemente em Ohio (Estados Unidos) propõe ensinar nas escolas públicas como é o desenvolvimento fetal de um bebê em gestação.

O projeto HB90, conhecido como "Humanidade do Nascituro", permitiria que a secretaria de educação e o departamento de saúde do estado de Ohio gerem um currículo escolar que "forneça informações precisas e cientificamente verificáveis ​​sobre características anatômicas e fisiológicas do nascituro” durante a gravidez.

A lei também faria com que o departamento de saúde "mantenha um banco de dados de serviços para mulheres grávidas e crianças, com uma lista de agências que oferecem serviços às mulheres durante a gravidez e o parto; e enquanto seus filhos são dependentes".

Poderia também incluir material educativo para informar sobre vitaminas e nutrição para grávidas, a necessidade de evitar o consumo de álcool, bem como diversos recursos para cuidados de saúde pré-natal.

O projeto foi apresentado pelo republicano Niraj Antani, que disse ao jornal ‘Columbus Dispatch’ que, "quando se aprende que o coração de um bebê começa a bater com seis ou oito semanas, que as unhas se formam com dez semanas e que com 20 semanas já sente dor, tudo isso, sem dúvida, ajudará a criar uma cultura de vida”.

Aqueles que apoiam a lei dizem que educar crianças e adolescentes sobre o desenvolvimento fetal e a saúde durante a gravidez é bom para as mães e seus bebês.

Por sua parte, os críticos assinalam que o projeto é uma manobra política para privar os alunos das informações que precisam para tomar decisões informadas, considerando que as organizações que realizam abortos não podem ser consultadas para a criação do currículo escolar.

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Jennifer McNally, uma representante em Ohio da multinacional do aborto Planned Parenthood, indicou que o projeto promoverá "padrões que são bastante imprecisos e ideologicamente motivados".

Na semana passada, um juiz federal bloqueou uma lei em Ohio que proíbe o aborto após a detecção do batimento cardíaco do nascituro. A lei entraria em vigor no dia 11 de julho.

Com esta proibição, as clínicas de aborto podem continuar realizando esta prática enquanto um tribunal verifica a constitucionalidade da lei.

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