ROMA, 16 de ago de 2005 às 12:50
Embora os sinais positivos que vêm do catolicismo na China comunista, a Santa Sé mantém uma cautelosa atitude sobre o futuro das relações entre o Vaticano e a nação mais populosa do planeta, afirma o vaticanista Sandro Magister.
O perito em temas vaticanos e colunista do semanário L’Espresso, destaca sinais positivos como a presença de jovens católicos chineses na Jornada Mundial da Juventude, e especialmente “a crescente aproximação entre as duas comunidades católicas da China: a clandestina, com 8 milhões de fiéis, e a patriótica, com 4 milhões”.
Segundo Magister a aproximação entre ambas as comunidades católicas “alarmou muito às autoridades do Peking”; mas “a reconciliação entre clandestinos e patrióticos continuou enfrente”. O vaticanista explica a importância das recentes ordenações episcopais na China, que contaram com a aprovação tanto do governo como da Santa Sé, e que finalmente estão unificando sob um mesmo pastor as comunidades divididas desde que Mao Tse Tung criasse a igreja patriótica.
Para Magister, “a questão a China é certamente um dos capítulos mais candentes do pontificado de Bento XVI. E as autoridades da Santa Sé se preparam para confrontá-lo com extrema prudência”.
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O silêncio dos organismos oficiais do Vaticano sobre o tema chinês é amostra desta prudência que, segundo Magister, contrasta com o otimismo exagerado de alguns organismos católicos que acreditam que a solução das tensões está à volta da esquina.
Na sua coluna, Magister inclui a aguda análise do Pe. Gianni Criveller, colaborador do Holy Spirit Study Center de Hong Kong, um dos melhores observatórios do mundo sobre o cristianismo na China. O artigo do Criveller critica duramente as posturas muito otimistas em relação ao futuro do cristianismo na China, de maneira especial o livro “Jesus in Beijing”, do autor norte-americano David Aikman.
A coluna completa de Magister pode ser lida em inglês em: www.chiesa.espressonline.it/index.jsp?eng=e