Buenos Aires, 13 de ago de 2019 às 12:00
A Frente NOS, que promove os valores da vida e da família, conseguiu entrar nas eleições gerais argentinas de 27 de outubro, depois de passar pelas primárias no último domingo.
Em 11 de agosto, cerca de 24 milhões de eleitores, de um total de 32 milhões, participaram das eleições primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (PASO).
Segundo a lei argentina, para participar das eleições gerais de outubro, na qual o novo presidente do país e os parlamentares serão eleitos, os partidos precisam ter pelo menos 1,5% dos votos emitidos.
A lista 131 da Frente NOS obteve 2,63% dos votos.
NOS é um partido que promove os valores da família e da vida e que nasceu da Onda Celeste, movimento cidadão que impediu a descriminalização do aborto na Argentina em agosto de 2018.
Esta frente tem como candidato presidencial o ex-diretor das Alfândegas e do Banco Nacional, Juan José Gómez Centurión, e como candidata à vice-presidência, a ex-deputada nacional e representante do partido Valores para o meu País, Cynthia Hotton.
Quando as primeiras contagens foram divulgadas, Gómez Centurión agradeceu àqueles que contribuíram “para a mudança da Argentina. Não há outra forma de resgatar a Argentina, apenas com valores”.
"A ausência de política é a maneira mais fácil de governar: dividir a população e enfrentá-la" em temas como a "dívida, economia parada, falta de valores, aborto, ideologia de gênero", refletiu Gómez Centurión sobre a crise do país.
“A única proposta que nos propõe um novo projeto de nação somos nós (NOS). Este projeto de nação é baseado nos valores que estão na Constituição”, acrescentou.
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Da mesma forma, Centurión disse ao jornal ‘MDZol’ que “não somos invisíveis e isso está apenas começando. A Onda Celeste chegou para ficar. É por isso que encorajo todos aqueles que compartilham esses valores a se unirem, a entrar em contato conosco, juntos podemos fazer história e trabalhar pelo país com o qual sonhamos".
Por outro lado, as autoridades eleitorais informaram que, em relação à candidatura presidencial, 47,66% dos votos favoreceram a Frente de Todos, cujos representantes são Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner.
Desta forma, a frente da ex-presidente Cristina Fernández superou o grupo Juntos pela Mudança, do presidente Mauricio Macri, que obteve 32,09%.
Este resultado, não esperado de acordo com pesquisas anteriores, afetou os mercados financeiros. Assim, o peso argentino caiu 16,86%, enquanto o dólar aumentou 33%.
Isso agrava ainda mais a crise econômica da Argentina, já afetada por 35% de pobreza, o maior valor desde 2008, segundo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC); e 22,8% de inflação no primeiro semestre do ano, segundo o Instituto de Estatística dos Trabalhadores (IET) da Universidade Metropolitana para a Educação e o Trabalho.
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— ACI Digital (@acidigital) July 23, 2019