PARIS, 16 de ago de 2005 às 00:32
O Irmão Roger, o monje suíço protestante que fundou a comunidade de Taizé na França –um dos mais importantes centros ecumênicos- foi assassinado a facadas por uma mulher nessa terça-feira à noite durante um serviço religioso, informaram fontes da comunidade.
Roger Schütz, de nacionalidade Suíça, que junto com o irmão Max Thurian se converteu em uma das figuras religiosas mais relevantes do século 20, tinha 90 anos e estava presidindo uma cerimônia para 2.500 pessoas em Taizé (França), quando uma mulher de nacionalidade romena de 36 anos o atacou com uma faca, ferindo-o três vezes no pescoço.
Embora os presentes derrubaram a mulher, o Irmão Roger morreu instantaneamente.
A morte de Roger Schütz suscitou grande comoção entre católicos e protestantes europeus.”O Irmão Roger sempre esteve próximo da Igreja Católica, e estivemos muito contentes e agradecidos de vê-lo participar do funeral do Papa João Paulo II”, declarou Heiner Koch, Secretário Geral do comitê organizador da Jornada Mundial da Juventude, ao expressar em Colônia sua surpresa e tristeza pela notícia.
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O irmão Roger fundou a comunidade monástica aos 25 anos, em 1940, logo depois de comprar uma pequena propriedade na região francesa de Taizé, onde acolheu a refugiados da II Guerra mundial.
A comunidade atualmente conta com mais de 100 irmãos, católicos e protestantes, com a intenção de promover a reconciliação e a unidade entre os cristãos. Seu companheiro de caminhada, o Irmão Max Thurian, converteu-se ao catolicismo, e foi recebido na Igreja pelo próprio Papa João Paulo II.
Alguns auguravam que o Irmão Roger, que desenvolveu uma estreita amizade com o Papa João Paulo II, seguiria o mesmo caminho.
Muitos dos jovens que atualmente participam da JMJ 2005 tinham passado alguns dias em Taizé pouco antes de dirigir-se a Colônia.