REDAÇÃO CENTRAL, 14 de set de 2019 às 05:00
“Algumas pessoas não cristãs podem se perguntar: por que ‘exaltar’ a cruz? Podemos responder que nós não exaltamos uma cruz qualquer ou todas as cruzes: exaltamos a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus pela humanidade”. Assim o Papa Francisco explicou a festa que é celebrada neste dia 14 de setembro: a Exaltação da Santa Cruz.
Em sua reflexão antes do Ângelus Dominical, em 14 de setembro de 2014, Francisco assegurou que “a Cruz de Jesus é a nossa única e verdadeira esperança”.
O Santo Padre assinalou que “quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus para cada um de nós e a raiz da nossa salvação. ‘Daquela Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro’”.
Segundo manifesta a história, foi em 14 de setembro de 320 que Santa Helena, imperatriz de Constantinopla, encontrou o madeiro em que morreu o Cristo Redentor. No entanto, em 614, a Cruz foi levada pelos persas como um troféu de guerra.
Mais tarde, o Imperador Heráclio a recuperou e voltou com a Cruz para a Cidade Sagrada no dia 14 de setembro de 628. Desde então, celebra-se liturgicamente esta festividade.
Quando a Santa Cruz chegou novamente a Jerusalém, o imperador se dispôs a acompanhá-la em solene procissão, mas vestido com todos os luxuosos ornamentos reais e logo se deu conta de que não era capaz de avançar.
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Então, o Arcebispo de Jerusalém, Zacarias, lhe disse: “É que todo esse luxo que carrega está em desacordo com o aspecto humilde e doloroso de Cristo quando carregava a cruz por essas ruas”.
O imperador se despojou de seu manto de luxo e de sua coroa de ouro e, descalço, começou a percorrer as ruas e pôde seguir a piedosa procissão.
Para evitar novos roubos, o Santo Madeiro foi dividido em quatro pedaços e separados entre Roma e Constantinopla, enquanto o que ficou em Jerusalém foi deixado em um belo cofre de prata. Dos quatro fragmentos, foram feitos pequenos pedaços para serem distribuídos em várias Igrejas do mundo, os quais foram chamados de Vera Cruz.
Na vida dos santos narra-se que Santo Antônio Abade, ao ser atacado por terríveis tentações do demônio, fazia o sinal da cruz e o inimigo fugia. Desde esse tempo, afirmam, tornou-se costume fazer o sinal da cruz para se libertar dos males.
Outro fato poderoso e sagrado deste sinal foi mostrado pela Santíssima Virgem Maria que, ao aparecer pela primeira vez à Santa Bernardette e ao ver a menina quis se benzer, Nossa Senhora fez o sinal da cruz bem devagar para lhe ensinar que é necessário fazê-lo com calma e mais devoção.