O Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, afirmou que sua experiência até o momento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Colônia 2005 é “acima de tudo uma experiência de uma Igreja viva e jovem”.

Em diálogo com ACI Prensa, o Cardeal assinalou que “nossa Igreja é viva e jovem. Não somente porque exista um ambiente juvenil, mas porque existem atitudes de esperança, de possibilidade e sobre tudo uma atitude de fé. Dizer 'com Cristo nós podemos seguir adiante e não somos gente confundida nem somos uns loucos'. E se formos uns loucos somos loucos mas convencidos do amor de Jesus Cristo e acredito que isto é o que estamos experimentando”.

Quanto aos peregrinos espanhóis que assistem a essa JMJ, o Cardeal indicou que “devem ser testemunho de Cristo com suas obras e palavras. Se viemos a Colônia e nos encontramos com  Pedro, o Vigário de Cristo, então devemos levar aquilo que vimos e ouvimos. A mensagem de Jesus Cristo, totalmente atualizada” e acrescentou, que “não somente é possível seguir a Jesus Cristo, senão que é o próprio Cristo quem nos acompanha e esta é a nossa grande segurança”.

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O Arcebispo também se referiu à situação dos jovens dos países latino-americanos. “Conheço vários desses países, e não só porque sei que existem, senão porque estive aí em distintas ocasiões pastorais. Estive também em várias ocasiões em Lima”.

“O primeiro que deve ser dito –prosseguiu– é que a América Latina é muito grande e que a situação do México ou da Bolívia não é igual a da Argentina ou Brasil ou Peru. Há vários elementos comuns. São países jovens porque suas populações são jovens”.

Para o Arcebispo de Sevilha, esta juventude tem “uma espécie de desencanto” por coisas que esperavam provavelmente e não receberam. “E esse desencanto não cabe em um jovem. Não pode desencantar uma pessoa que não se encantou. Não pode desapaixonar-se uma pessoa que ainda não se apaixonou. Não cabe. Há possibilidades enormes. A juventude de América Latina tem uma responsabilidade muito grande. Muitas vezes pensa em emigrar e o que deve pensar é construir seu próprio país”, finalizou o Cardeal.