Maria Antónia Pinho, conhecida como Irmã Tona, foi encontrada morta em uma casa em São João da Madeira, Portugal, no último domingo, 8 de setembro, com sinais de asfixia e violação.

Segundo a imprensa portuguesa, a religiosa de 61 anos foi encontrada na casa de um ex-detento identificado como Alfredo, o qual foi detido ainda no domingo, segundo informou a Polícia Judiciária (PJ).

O crime ocorreu na manhã de domingo, quando a religiosa teria dado uma carona. Como agradecimento, o indivíduo a teria convidado para entrar em tomar um café. Já a residência, segundo a PJ, o homem tentou ter relações sexuais com a freira, que recusou.

“Perseguindo a sua intenção, o detido recorreu à força física aplicando, ao que tudo indica, um golpe de estrangulamento denominado 'mata-leão', que terá sido a causa da morte, e posteriormente deitou-a sobre a cama e terá mantido relações sexuais”, informa a polícia.

Alfredo, que também é conhecido como “Tito”, estava em liberdade condicional desde maio, após cumprir parte de uma pena de 16 anos por dois crimes de violação. Além disso, em agosto teria tentado violar uma jovem de 20 anos. Por isso, informa a imprensa portuguesa, em 3 de setembro foi emitido um mandato de detenção pelo Ministério Público.

Irmã Tona, que era conhecida como a “freira radical” por andar pelas ruas com sua moto, era enfermeira e pertencia à Congregação das Servas de Maria Ministras dos Enfermos, no Porto. Mas, estava em São João da Madeira para cuidar de sua mãe.

Em uma recente entrevista publicada em 5 de setembro pelo jornal ‘O Regional’, a religiosa falou sobre sua vocação e afirmou que nunca se arrependeu de sua escolha, pois “soube sempre aquilo que queria. Nunca duvidei. Conheço-me sempre com o desejo de ajudar pessoas doentes”.

“Só sabia que queria ser freira e que seria para sempre. Desconhecia toda a caminhada de nove anos que iria ser necessária até fazer a ‘profissão perpétua’”, contou.

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Na ocasião, a religiosa ainda falou sobre a castidade e assinalou que para ela era um “presente” para Deus, “semelhante aos casais que são fiéis um ao outro”.

Após a morte de Irmã Tona, o jornalista que a entrevistou, António Gomes Costa, afirmou ao site ‘Contacto’ que a população de São João da Madeira “está em choque” com o ocorrido.

“A irmã Tona estava sempre a sorrir. Sempre me lembrarei dela assim”, disse o jornalista, segundo o qual, ao conversar com a religiosa, o olhar dela não escondia “a paixão e o amor por uma opção que tem cerca de 40 anos”.

Nesta terça-feira, informou o ‘Jornal Labor’, a Câmara Municipal de São João da Madeira declarou luto no município pela morte de Irmã Maria Antónia Pinho. De acordo com o meio, o funeral da religiosa será nesta quarta-feira, às 11h, na Igreja Matriz de São João da Madeira.

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