Os encarregados ​​dos distintos dicastérios do Estado da Cidade do Vaticano se reuniram na sexta-feira, 20 de setembro, para analisar finanças e ver como reverter o crescente déficit no orçamento da Santa Sé.

Matteo Bruni, diretor da sala de imprensa da Santa Sé, confirmou à CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que a reunião foi realizada e que nela participaram os chefes dos dicastérios e das instituições relacionadas ao Vaticano.

Segundo informou há uns dias ‘The Wall Street Journal’, em maio, o Papa Francisco pediu ao Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Freising e coordenador do Conselho de Economia que se encarrega das finanças vaticanas, que convocasse uma reunião para analisar possíveis soluções e para "informar os respectivos chefes sobre a gravidade da situação".

Citando funcionários do Vaticano, ‘The Wall Street Journal’ indicou que a Santa Sé mantinha em 2018 um déficit de cerca de 70 milhões de euros.

Joseph Zahra, economista maltês que é membro do Conselho Econômico, assinalou que a reunião da sexta-feira, 20, visava gerar consciência do tema entre os funcionários do Vaticano, muitos dos quais não estão por dentro da gravidade da situação.

As finanças do Vaticano foram um dos temas centrais dos esforços do Papa Francisco para a reforma da cúria. A tarefa começou em 2013 com a criação de uma comissão de investigação para examinar as estruturas administrativas da Santa Sé. Nela, participaram sete especialistas leigos, um secretário e vários assessores externos. Este grupo se reuniu entre agosto de 2013 e maio de 2014.

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Em 2015, este trabalho ficou ofuscado quando dois membros da comissão foram presos por roubar e filtrar informações confidenciais sobre o pontificado de Francisco.

Em fevereiro de 2014, o Papa Francisco fez uma importante mudança na Cúria do Vaticano, estabelecendo o Conselho de Economia e o Escritório do Auditor Geral, uma entidade autônoma com o poder de realizar investigações especiais.

Também criou a Secretaria de Economia e nomeou o Cardeal George Pell como prefeito, cargo que agora está vacante, pois o purpurado voltou para a Austrália para se defender contra as acusações de abuso de menores, pelas quais foi preso. O Cardeal Pell está recorrendo contra a sua condenação.

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