A decisão do Tribunal Constitucional italiano de abrir a porta à eutanásia provocou o rechaço dos bispos da Itália, segundo comunicado divulgado pela Conferência Episcopal do país.

Os bispos italianos "expressam sua discordância e distanciamento com o que foi comunicado pelo Tribunal Constitucional", cuja sentença estabelece que não se deve condenar aqueles que ajudem na aplicação da eutanásia em determinados casos.

Concretamente, a sentença afirma que a eutanásia não pode ser punida nos casos em que um paciente é mantido vivo através de “tratamentos de suporte vital e esteja afetado por uma patologia irreversível, que seja fonte de sofrimentos físicos e psicológicos insuportáveis, mas este deve ser plenamente capaz de tomar decisões livres e conscientes”.

Essa decisão do Tribunal Constitucional levou a Conferência Episcopal Italiana a recordar as palavras do Papa Francisco em seu discurso aos membros da Federação Nacional das Ordens dos Médicos Cirurgiões e Dentistas, em 20 de setembro: “Deve-se rejeitar a tentação, induzida também por mudanças legislativas, de usar a medicina para apoiar um possível desejo de morte do paciente, fornecendo assistência ao suicídio ou causando sua morte diretamente com a eutanásia”.

"A maior preocupação", continua o comunicado dos bispos italianos, "está relacionada, sobretudo, ao impulso cultural implícito que pode levar as pessoas que sofrem a acreditarem que pedir que se coloque fim à sua própria existência é uma decisão de dignidade”.

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Os bispos "confirmam e ratificam seu compromisso de proximidade e de acompanhamento da Igreja para com todos os doentes".

Nesse sentido, os bispos confiam que “o processo parlamentar reconheça o máximo grau possível para esses valores, protegendo também os agentes de saúde em sua liberdade de escolha”.

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