Texas, 15 de out de 2019 às 18:00

Após o anúncio realizado pelos Cavaleiros de Colombo em agosto, no qual se comprometeram a designar pelo menos 250 mil dólares para ajudar os migrantes na fronteira do México e dos Estados Unidos, os líderes dessa organização no Texas anunciaram um esforço conjunto com um conselho mexicano para ajudar essas pessoas.

Terry Simonton, diretor superior dos Cavaleiros no Texas, informou que uma caravana de Cavaleiros de Colombo do Texas e do México chegou em 5 de outubro a "Casa do Migrante", um abrigo em Ciudad Juárez, para entregar um caminhão com provisões avaliadas em 61 mil dólares, incluindo medicamentos, alimentos, água, fraldas e sapatos.

Essa iniciativa se soma às ações já realizadas pelos Cavaleiros em El Paso, que vinham fornecendo suprimentos, cozinhando e pagando por chuveiros alugados para os migrantes na cidade. Os Cavaleiros recebiam doações para poder cobrir os mil e quinhentos dólares por dia que custavam alugar os chuveiros, explicou Simonton, ex-deputado estadual no Texas.

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Em maio, o deputado diocesano dos Cavaleiros em El Paso enviou um pedido de fundos adicionais de nove mil dólares para poder adquirir seus próprios chuveiros com aquecimento portátil. O pedido foi enviado a Simonton, que conversou com o Conselho Supremo de Connecticut, para apoiar com a metade do custo da compra.

"Gostaram da ideia, mas quando chegou à mesa, o Cavaleiro Supremo Carl Anderson disse: ‘Sim, temos que ajudar, mas precisamos fazer mais’. E foi aí que Anderson começou a iniciativa de ajudar a fronteira sul. Sem a visão dele, isso nunca teria acontecido”, disse Simonton.

"Deixem-me ser claro: não há declaração política", disse Anderson em agosto. “É uma declaração de princípios. Trata-se de ajudar as pessoas que precisam de nós agora. E é natural e necessário estender nosso apoio aos refugiados em todo o mundo”.

Várias paróquias e praticamente todos os conselhos dos Cavaleiros de Colombo em El Paso estão ocupados, especialmente desde janeiro, arrecadando fundos para ajudar a fronteira, disse Simonton. “Todos os conselhos estiveram envolvidos em El Paso. Mas como os fundos estavam acabando, pediram a nossa ajuda. E desse simples pedido de 9 mil dólares, surgiu esta tremenda iniciativa”, afirmou.

Ver os Cavaleiros de Colombo do México e dos Estados Unidos trabalhando juntos foi uma "grande bênção", mencionou.

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O Departamento de Segurança Nacional anunciou um novo Protocolo de Proteção ao Migrante em janeiro, dando aos migrantes ilegais ou indocumentados “maneiras de retornar ao México e esperar fora dos Estados Unidos pela duração de seus processos migratórios, onde o México lhe fornecerá todas as proteções humanitárias necessárias durante a estadia”, mencionou Dom Mark Seitz, Bispo de El Paso.

Estas políticas interromperam amplamente o fluxo de migrantes para El Paso, permitindo que milhares de migrantes permaneçam no México enquanto seus pedidos de asilo estão sendo processados. "Atualmente, vemos uma grande diminuição no número de pessoas que chegam devido às ações tomadas no México", assinalou Dom Seitz.

“Então, o que está acontecendo é que existe um tipo de gargalo na Ciudad Juárez, e estimamos que 20 mil pessoas estejam praticamente presas lá. Têm medo de voltar para casa, porque fogem de lá e têm medo de permanecer no México, porque a maioria deles enfrentou violência lá”, afirmou o Prelado

HOPE Border Institute, em conjunto com a Diocese de El Paso, iniciou em julho uma Fundação para Assistência aos Refugiados na Fronteira, para enviar dinheiro a organizações que trabalham com migrantes e refugiados em Juárez.

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