Vaticano, 30 de out de 2019 às 08:58
O Papa Francisco recordou que o Espírito Santo é "o protagonista da missão da Igreja", durante a Audiência Geral nesta quarta-feira, 30 de outubro, diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.
"O Espírito Santo é o protagonista da missão da Igreja: É ele quem guia o caminho dos evangelizadores mostrando a eles a via a seguir", assinalou o Santo Padre durante sua catequese, na qual continuou refletindo sobre o livro dos Atos dos Apóstolos.
Em concreto, o Pontífice refletiu sobre a passagem bíblica na qual São Paulo vai evangelizar a Macedônia, um lugar que o Papa Francisco também visitou em maio de 2019.
“O povo da Macedônia do Norte têm orgulho de ter chamado Paulo para anunciar Jesus Cristo. Recordo este povo que me acolheu com tanto calor, que conservem esta fé que Paulo lhes pregou”, acrescentou o Santo Padre.
Sobre o tempo de São Paulo na Macedônia, o Papa Francisco destacou três acontecimentos: “a evangelização e o batismo de Lídia e de sua família, a prisão que sofre com Silas, depois de exorcizar uma escrava explorada por seus chefes e a conversão e o batismo do carcereiro e de sua família”.
Nesse sentido, o Santo Padre explicou que Lídia era uma vendedora que acreditava "em Deus, a quem o Senhor abriu o coração para aderir às palavras de Paulo".
“Esta abertura do coração testemunha a eficácia da pregação apostólica e é uma consequência do delicado, mas incisivo 'toque' do Espírito que trabalha junto e através do evangelizador. Uma vez que o coração está aberto, a pessoa pode dar hospitalidade a Cristo e aos outros”, destacou o Papa, que explicou que esse fato é “o testemunho da chegada do cristianismo à Europa: o início de um processo de inculturação que dura ainda hoje".
Depois, o Pontífice contou que Paulo e Silas, quando estiveram na prisão, "passaram da consolação" da conversão de Lídia à "desolação da prisão" por terem libertado em nome de Jesus uma escrava que "trouxe muitos ganhos aos seus amos” com o trabalho de adivinha.
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Por isso, Francisco contou que em Buenos Aires, “em um parque muito grande, havia mais de 60 mesinhas, onde ficavam sentados os 'adivinhos', as 'adivinhas', que liam a mão e as pessoas acreditavam nessas coisas e pagavam”, advertiu.
No entanto, durante o tempo na prisão de São Paulo "ocorreu um fato surpreendente". Enquanto rezavam, ocorreu um terremoto que abalou os alicerces da prisão, as portas se abriram e as correntes de todos caíram. Depois houve a conversão e o batismo do carcereiro e de toda a sua família.
“No coração da noite, ele creu no Senhor Jesus, com a sua família, acolheu os apóstolos em sua casa, lavou as suas chagas e recebeu o Batismo. Depois, cheio de alegria por crer em Deus, preparou a mesa e celebrou uma festa. No coração da noite, a luz de Cristo brilhou para o carcereiro e sua família, as correntes do coração se partiram e eles experimentaram uma alegria indescritível”, afirmou o Papa.
Dessa maneira, o Santo Padre improvisou para descrever que “assim o Espírito Santo faz a missão, desde o início. Desde Pentecostes, Ele é o protagonista da missão da missão e nos leva adiante. É necessário ser fiel à vocação que o Espírito nos move a fazer, para levar o Evangelho”.
“Peçamos também nós hoje ao Espírito Santo um coração aberto, sensível a Deus e hospitaleiro aos irmãos, como o de Lídia, e uma fé audaz, como a de Paulo e Silas, e também uma abertura de coração, como a do carcereiro, que se deixa tocar pelo Espírito Santo”, concluiu.
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— ACI Digital (@acidigital) October 23, 2019