O reitor da Missão Polonesa na Argentina, Pe. Jorge Twarog, pediu a intercessão do Papa São João Paulo II para que o país alcance o amor e a amizade.

Pe. Twarog, que trabalha há mais de 20 anos na Argentina, confessou que pediu a mediação do “Papa da paz” para que os argentinos e governantes vivam “o amor e a amizade e para que a proteção da Virgem Maria sempre acompanhe os jovens, os enfermos”.

“Pedimos a ele que interceda por nossa pátria, para que sejamos uma grande família, e estou certo de que o Papa abençoa o povo argentino, a quem ele amava, especialmente como cuida de seu sucessor, Francisco, para que cumpra a missão de Pedro”, afirmou.

No marco da festa litúrgica de São João Paulo II, no último dia 22 de outubro, Pe. Twarog disse à Rádio Grote, da Federação de Círculos Católicos de Trabalhadores, que por sua vez, a Argentina lembra com gratidão as duas visitas do Papa.

A primeira visita aconteceu em 11 de junho de 1982, “um momento difícil” para o país, porque vivia o conflito armado com a Grã-Bretanha pelas Ilhas Malvinas.

Em 6 de abril de 1987, o Pontífice voltou à Argentina depois de passar pelo Chile. Naquela ocasião, agradeceram pela mediação do Vaticano no conflito limítrofe pela Canal Beagle, entre ambos os países, que concluiu com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade, em 1984, para evitar a guerra entre as duas nações.

“Quando o Cardeal Karol Wojtyla foi eleito Papa, em 16 de outubro de 1978, apenas entrou no seu escritório e viu na mesa a carta do Papa anterior, João Paulo I, já sabia o que podia acontecer na América do Sul, o conflito de Beagle”, explicou Pe. Twarog.

“Mandou seu representante pra que não nascesse um conflito limítrofe. Faltava minutos para que começasse algo terrível, por isso, temos que agradecer ao Papa e a Cristo Redentor pela mediação entre nossos países, Chile e Argentina”, acrescentou.

Em abril de 1987, a Argentina  tece a oportunidade de escutar sua palavra e desfrutar “sua presença, sobretudo os jovens, porque foi a Primeira Jornada Mundial da Juventude que aconteceu fora de Roma”, explicou Pe. Twarog.

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O sacerdote considerou que São João Paulo II pode ter muitos títulos, mas o de “maior transcendência foi ‘o Papa da paz’, porque ele mesmo soube o que a guerra, a Segunda Guerra Mundial”.

“Por isso, dizia nunca mais a guerra, nunca mais os conflitos, para que vivamos como uma grande família humana”, destacou o chefe de missões poloneses na Argentina.

A Missão Polonesa na Argentina se desenvolve desde 1957, em Tres Febrero, Diocese de San Martín.

Nesse local, funciona um museu do exército polonês e das Ilhas Malvinas. Também se encontra o convento dos franciscanos, a escola polonesa, um lar de idosos e a igreja Rainha da Polônia, que custodia a casula que o Papa João Paulo II usou na última Missa que celebrou, um relicário com gotas de seu sangue e sanguíneos que usava em sua capela privada.

“São relíquias que temos de São João Paulo II, mas também queremos levar, sobretudo aos jovens, suas mensagens, suas palavras, tudo o que ele nos deixou para que sigamos seus passos, os passos de Cristo e os da Virgem Maria”, concluiu Pe. Twarog.

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