GUAYAQUIL, 8 de nov de 2019 às 12:30
Em 5 de novembro foi inaugurado e abençoado no Cemitério Metropolitano um pavilhão especial para dar sepultura as crianças não nascidas, uma iniciativa promovida pelo movimento “Bebês nos corações de Jesus e Maria”, com o apoio da Arquidiocese de Guayaquil (Equador) e da Junta de Beneficência da cidade.
Créditos: Movimento "Bebês nos Corações de Jesus e Maria"
A Junta de Beneficência de Guayaquil destinou um local especial e construiu um bloco de sepulturas com capacidade para 24 nichos, onde “serão enterrados os bebês NN que a instituição receber para esse fim”.
Estela Zea de Furlato, subdiretora desse movimento, comentou a ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, que o projeto começou apenas como a compra de um nicho, adquirido pela diretora do movimento “Bebês nos corações de Jesus e Maria”, Maria Cecilia Lasso. No entanto, graças ao apoio do gerente comercial da Junta de Beneficência e membro do movimento, César Salmon, “o que era um espaço se tornou 24, e agora a junta também nos ofereceu se precisarmos de mais, para continuar crescendo com este pavilhão".
Essa ideia complementa o trabalho realizado pelo Projeto Esperança, um apostolado que acolhe e acompanha as mães que perderam seus bebês devido a um aborto induzido ou espontâneo, fazendo parte desse processo de acompanhamento, reconciliação e encontro da família com o filho que não pôde nascer.
"Uma maneira de viver esse luto causado pela perda gestacional é obviamente dar santa sepultura ao bebê", comentou Zea. "Enfrentar o luto faz parte da cura para essas pessoas, e muitas vezes esse luto não é enfrentado, e essa [iniciativa] é uma maneira tangível e real de fazê-lo", indicou.
Créditos: Movimento "Bebês nos Corações de Jesus e Maria"
As pessoas “se referem ao nascituro como um bebê que nunca nasceu, mas realmente nasceu no ventre da mãe e viveu”, por isso que “merece que o luto seja vivido. É nossa esperança de que há futuro, independentemente do que tenha acontecido”, assinalou.
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Este serviço é gratuito, uma vez que "o espaço dentro do Cemitério Metropolitano é pensado precisamente para famílias vulneráveis que não têm onde enterrar seus bebês não nascidos".
Para ter acesso, é necessário procurar a Arquidiocese de Guayaquil e seguir as indicações, tanto para as famílias que a solicitam quanto para as pessoas que encontram crianças não nascidos em estado de abandono.
No dia da inauguração, o Arcebispo de Guayaquil, Dom Luis Cabrera, celebrou uma Missa em memória dos bebês não nascidos.
Créditos: Movimento "Bebês nos Corações de Jesus e Maria"
Estela Zea disse que entre os 200 fiéis presentes esteve uma pessoa de 83 anos que "se aproximou à Arquidiocese porque não podia ir à Missa, para pedir por seus quatro filhos abortados".
Dom Cabrera disse na homilia que a perda de um filho é "uma dor impossível de acalmar com palavras humanas, apenas a presença de Deus é capaz de alcançar o mais profundo para encher com esse bálsamo de paz, de esperança".
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— ACI Digital (@acidigital) November 1, 2019