No encontro que realizou nesta sexta-feira, 22 de novembro, com os bispos da Tailândia e da Ásia, o Papa Francisco recordou o trabalho de um missionário francês que "perde" a vida evangelizando as tribos da Tailândia.

“Três meses atrás, tive a visita de um missionário francês, que trabalha há quase 40 anos no norte da Tailândia, no meio das tribos. Veio com um grupo de 20, 25 pessoas, todas elas pais e mães de família: jovens, não tinham mais de 25 anos! Ele mesmo os batizara – eram a primeira geração – e agora batizava os seus filhos”, relatou o Santo Padre no encontro realizado no Santuário do Beato Nicolau Boonkerd Kitbamrung, na cidade de Bangkok.

O Papa disse que, ao ver casos como este, “alguém poderia pensar: perdestes a vida por 50, 100 pessoas. Tal foi a sua sementeira; e Deus consola-o, fazendo-lhe batizar os filhos daqueles que batizara primeiro”.

"Simplesmente viu aqueles indígenas do norte da Tailândia como uma riqueza para a evangelização. Não deu por perdida aquela ovelha, preocupou-se com ela", ressaltou Francisco.

“Toda a vida tem valor aos olhos do Mestre”, destacou o Santo Padre e explicou que os apóstolos “eram ousados, corajosos, porque sabiam, antes de mais nada, que o Evangelho é um dom para ser semeado em todos e para todos, disseminado por todos: doutores da lei, pecadores, publicanos, prostitutas, todos os pecadores de ontem e de hoje”.

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“Apraz-me salientar que a missão, mais do que atividades a realizar ou projetos a implementar, requer um olhar e um olfato que se deve educar; requer uma preocupação paterna e materna, porque a ovelha se perde quando o pastor a dá por perdida; nunca antes”, afirmou o Papa.

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