Cidade do México, 26 de nov de 2019 às 16:30
No dia 25 de novembro, um muro de fiéis reunidos pacificamente em oração defendeu a Catedral Metropolitana do México diante da ameaça de um possível ataque de feministas.
Os fiéis, reunidos desde as primeiras horas da tarde, foram convocados pelo Movimento “Vive México” através das redes sociais.
“¡Viva la Vida! ¡Viva México! ¡Viva Cristo Rey!”. Estas eran las proclamas de los fieles que desplegaron este #25DeNoviembre un muro humano para proteger la Catedral de cualquier ataque feminista https://t.co/Ldwn2YdZ9c #ConNuestrosTemplosNo ?@ACNWebMX pic.twitter.com/6JMBWtTwSz
— David Ramos (@YoDash) November 26, 2019
Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, Jaime Duarte, coordenador do Movimento “Vive México”, expressou a alegria dos participantes nesta atividade pacífica, porque havia cerca de 300 fiéis que saíram “com coragem, alegria e paz para defender os templos, onde sabemos que encontramos tesouros maravilhosos, como arte sacra e, é claro, o Santíssimo Sacramento”.
Duarte destacou que as grades que foram colocadas para proteger os templos do centro histórico da capital mexicana foram “pagas generosamente por empresários católicos comprometidos”.
"Estamos muito contentes porque nenhum templo foi danificado, nenhum foi ultrajado ou profanado", destacou e lembrou "as imagens tristes que ainda temos do que aconteceu no Chile, por exemplo, onde vimos atos sacrílegos e profanações terríveis".
"Podemos nos sentir contentes, porque também, é claro, não se colocou em risco a integridade física de todas as pessoas que compareceram, jovens, senhoras da terceira idade, e todos os leigos comprometidos de movimentos, grupos e organizações”, acrescentou.
A manifestação feminista começou seu percurso pelas principais ruas do centro da Cidade do México, por volta das 17h (hora local). Por onde passaram, deixaram a destruição de diferentes espaços públicos, como estações de ônibus e vandalizaram monumentos como os dedicados ao líder mexica (asteca) Cuauhtémoc e a Cristóvão Colombo, na Avenida Reforma.
#AHORA Vandalismo y violencia sobre Paseo de la Reforma. Las policías se limitan a apagar lo que incendian las manifestantes
— Joaquín López-Dóriga (@lopezdoriga) November 26, 2019
Detalles: https://t.co/lq4uvR0Yi9 pic.twitter.com/F6QuhP6Bnn
Em um comunicado de imprensa publicado após a conclusão da manifestação, por volta das 20h30, o governo da Cidade do México disse que as mulheres policiais encarregadas da segurança "removeram martelos e artefatos com os quais algumas manifestantes visavam causar mais danos ao espaço público".
Así fue vandalizado el Hemiciclo a Juárez esta noche, al grito de “fuimos todas” pic.twitter.com/kyj068ZUGI
— Joaquín López-Dóriga (@lopezdoriga) November 26, 2019
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O governo da Cidade do México estimou a participação de 3 mil mulheres e assinalou que, “de acordo com o relatório da polícia, registraram-se dois feridos, uma participante da marcha e um jornalista, mas ambos foram atendidos no local por agentes do Esquadrão de Resgate e Urgências Médicas, e não precisaram de transferência”.
Un grupo de manifestantes intentó derribar las vallas que resguardan al Palacio de Bellas Artes, sin embargo, la oportuna reacción de las policías lo impidió pic.twitter.com/a5HkQEjuan
— Joaquín López-Dóriga (@lopezdoriga) November 26, 2019
Para o coordenador do Movimento “Vive México”, o que as feministas violentas fazem é “denegrir a causa autêntica das mulheres”, pois “as verdadeiras feministas, mulheres, não se comportam de maneira violenta. Nós demos mostra de paz, alegria e entusiasmo”.
Por sua vez, Pe. Hugo Valdemar, que por 15 anos foi Diretor de Comunicação da Arquidiocese Primaz do México, durante o governo pastoral do Cardeal Norberto Rivera, assinalou que “é incrível que as autoridades da cidade tolerem marchas que desde o início se anunciam como violentas e, embora tenha tido uma participação muito pequena de feministas, sejam capazes de colocar a autoridade em xeque”.
"Todos têm direito de se manifestar, mas ninguém tem direito a fazê-lo de forma violenta”, destacou. “Apesar disso, e graças a Deus, a participação de feministas foi pequena e os danos também foram mínimos”, acrescentou.
O sacerdote destacou o efeito causado pelo muro humano que esteve presente em frente à Catedral, pois “o poder da oração é enorme para exorcizar os demônios que estão por trás destas mulheres furiosas e homicidas. Além disso, são um claro testemunho de nossos fiéis leigos, de seu amor pela Igreja e de sua defesa da vida, sobretudo dos nascituros”.
Pe. Valdemar, hoje cônego penitenciário da Arquidiocese do México, incentivou os fiéis leigos a “continuarem defendendo sua fé publicamente e corajosamente. Cristo disse claramente: se alguém tiver vergonha de mim, eu também o negarei diante de meu Pai”.
"Devemos parabenizar nossos corajosos fiéis leigos e continuar os encorajando a testemunhar sua fé e a defender a igreja, apesar da covardia de seus pastores", disse.
Depois de destacar que "temos certeza de que Maria Santíssima e Nosso Senhor foram importantes para salvaguardar a segurança dos templos, dos sacerdotes e dos fiéis leigos", Jaime Duarte enfatizou que em seu movimento levaram "muito a sério a vida e obra de leigos engajados em nossa Igreja Católica, como o Beato Anacleto González Flores”, padroeiro dos leigos mexicanos.
Para o coordenador do Movimento “Vive México”, é importante que os leigos mostrem “uma atitude pacífica, porém firme, séria, organizada e unida. Dessa forma, podemos garantir que os valores mais importantes da raça humana sejam defendidos: fé, vida e família, valores que não estão sujeitos à negociação”.
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— ACI Digital (@acidigital) September 30, 2019