REDAÇÃO CENTRAL, 28 de nov de 2019 às 15:00
Dom Kyrillos Kamal William Samaan, Bispo copta-católico de Asiut (Egito), falou com a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) sobre a situação dos cristãos neste país. Segundo afirmou, apesar da contínua ameaça de ataques extremistas no Egito, a situação está melhorando para os cristãos do país.
“Agradecemos a Deus porque a situação está melhorando. O presidente Al Sisi mostra boa vontade para com os cristãos. É um presidente para todos os egípcios”, assegurou o Prelado.
A ameaça de ataques extremistas continua, pois há islâmicos que querem que os cristãos temam por sua posição na sociedade egípcia.
No entanto, o bispo copta-católico disse que esses ataques “perpetrados pelos islâmicos ocorrem de tempos em tempos, mas o objetivo não é apenas atacar os cristãos, mas também o governo egípcio. É uma maneira de dizer aos cristãos: ‘o governo não pode proteger vocês. Deveriam abandonar o Egito".
“Eles gostariam de estabelecer um Estado islâmico, mas no Egito isso nunca se concretizará. Os egípcios formam um abacaxi: cristãos e muçulmanos estão muito unidos para que os extremistas causem problemas”, afirmou.
Além disso, Dom Kyrillos explicou que, “desde 1952, reina uma mentalidade segundo a qual os cristãos são cidadãos de segunda classe. No entanto, agora houve uma mudança e as coisas estão melhorando. Construir igrejas é mais fácil do que antes: não precisamos mais esperar anos para que uma igreja seja construída”.
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Esta é, segundo Dom Kyrillos, uma mudança notável pois, há mais de 160 anos, os cristãos tiveram que obter permissão do chefe de Estado egípcio para construir novas igrejas.
Também explicou que ocorrem sequestros de meninas coptas e a polícia não faz nada, algo que o Prelado confirmou e explicou que são mais frequentes onde existem "organizações islâmicas fortes", mas em sua região "não é um problema".
Também agradeceu a ajuda que a ACN presta para manter os cristãos em seus lugares de origem e destacou que com suas ajudas “tornam realidade o sonho de manter os cristãos no Oriente Próximo”.
Confira também:
Desde 2016, governo do Egito legalizou mais de 1.100 igrejas https://t.co/CUN2xGIEd5
— ACI Digital (@acidigital) August 8, 2019